O aleitamento materno exclusivo (AME) é de grande importância nos primeiros 6 meses de vida da criança, pois oferece macronutrientes e micronutrientes que contribuem para a formação da resposta imunológica do organismo e atua na redução da incidência de doenças protegendo contra problemas posteriores da vida adulta, além do fortalecimento do laço afetivo entre a mãe e o bebê. Nessa revisão de literatura, houve a correlação entre aleitamento materno e o sistema imunológico na prevenção de doenças alérgicas. Resultados comprovam que aproximadamente 69% dos artigos utilizados na revisão de literatura confirmam que o aleitamento materno obteve o efeito protetor nas doenças alérgicas. Apesar de existir estudos mostrando que não há impacto importante na amamentação para a redução do desenvolvimento de doenças alérgicas, grande parte desses estudos apresentam benefício do aleitamento materno exclusivo sob doenças alérgicas infantis. Conclui-se que o aleitamento materno exclusivo é a principal fonte de nutriente do indivíduo, que corrobora com o sistema imunológico do neonato para prevenção de doenças alérgicas.
Submetido:21/01/2020Aceito:29/10/2020 RESUMO Justificativa e objetivos: nos últimos anos, a incidência de bactérias resistentes tem aumentado significativamente e, no Brasil, existem poucas pesquisas sobre o tema, em hospitais pediátricos. Portanto, este estudo teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico das principais bactérias recuperadas de amostras biológicas de um hospital pediátrico brasileiro. Métodos: trata-se de um estudo descritivo documental e retrospectivo. O estudo foi conduzido em 24 meses a partir de laudos de exames microbiológicos emitidos pelo serviço de controle de infecção hospitalar de um hospital pediátrico localizado no Centro-Oeste de Minas Gerais. Resultados: foram recuperadas de amostras biológicas, neste período, 4.286 bactérias, sendo 1.107 (25,82%) responsáveis por infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) na instituição de origem. Os principais microrganismos identificados foram Pseudomonas aeruginosa (10.4%), Acinetobacter baumannii (7.8%), Staphylococcus aureus (4.3%), Escherichia coli (4.3%) e Klebsiella pneumoniae (3.5%). Os isolados que apresentaram concentração inibitória mínima (CIM) ≥ 4mg/L foram considerados resistentes. Conclusão: o conhecimento do perfil epidemiológico local tem se mostrado efetivo nas estratégias estabelecidas pelas instituições para redução das infecções relacionadas à assistência à saúde. O perfil de prevalência das bactérias recuperadas das amostras biológicas foi similar a outros estudos conduzidos em âmbito nacional e internacional. Descritores: Hospitais pediátricos. Bactéria. Crianças ABSTRACT Background and objectives: in recent years, the incidence of resistant bacteria has increased significantly, and in Brazil there is little research on the subject regarding pediatric hospitals. Therefore, this study aimed to analyze the epidemiological profile of the main bacteria recovered from biological samples of a Brazilian pediatric hospital. Methods: this is a descriptive and retrospective study. The study was conducted over 24 months based on reports of microbiological tests issued by the infection control service of a pediatric hospital located in the Center-West of the Brazilian state of Minas Gerais. Results: a total of 4286 bacteria were recovered from biological samples, of which 1107 (25.82 %) were responsible for healthcare-associated infection (HAI) at the institution of origin. The main microorganisms identified were Pseudomonas aeruginosa (10.4%), Acinetobacter baumannii (7.8%), Staphylococcus aureus (4.3%), Escherichia coli (4.3%), and Klebsiella pneumoniae (3.5%). Isolates with minimal inhibitory concentration (MIC) ≥ 4mg/L were considered resistant. Conclusion: knowledge of the local epidemiological profile has been shown to be effective in the strategies established by the institutions to reduce infections related to health care. The prevalence profile of bacteria recovered from biological samples was similar to other studies conducted at national and international levels.
Considerando que o risco de adoecimento por tuberculose (TB) é maior em grupos mais vulneráveis, tais como a população indígena, este estudo teve como objetivo comparar o perfil dos casos notificados de TB na população indígena e não indígena em Rondônia, no período entre 2015 e 2020. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, realizado de forma transversal e com abordagem quantitativa, a partir do levantamento das variáveis sociodemográficas e clínicas dos registros dos casos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Considerou-se como critério de inclusão idade igual ou superior a 18 anos, e como critérios de exclusão os registros de pessoas que residiam em outros estados e com raça/cor ignorada ou em branco. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, teste qui-quadrado e teste exato de Fisher no software Statistic 13.4, da TIBCO, considerando nível de significância de 5%, após atender aos preceitos éticos. Verificou-se significância estatística em relação às variáveis sexo (p = 0,034), escolaridade (p = 0,000), zona de residência (p = 0,000), aids (p = 0,011), alcoolismo (p = 0,038), uso de drogas ilícitas (p = 0,008), tabagismo (p = 0,003), teste de sensibilidade (p = 0,047), HIV (p = 0,002), tratamento diretamente observado (p = 0,000), contatos examinados (p = 0,000) e situação de encerramento (p = 0,035). Diante dos achados, foi possível identificar a diferença no perfil entre indígenas e não indígenas com TB, cujas particularidades do processo saúde-doença exigem capacitação profissional, trabalho em equipe, ações intersetoriais e melhorias na comunicação, inclusive no registro dos dados, para a continuidade da assistência e o fortalecimento das linhas de cuidado.
Grandes epidemias marcaram a história da humanidade acarretando desafios a serem enfrentados pelos profissionais de saúde na linha de frente. Assim, este estudo teve como objetivo descrever acerca dos desafios enfrentados pelos profissionais de saúde que adoeceram em época de epidemia, de acordo com a literatura nacional e internacional. Trata-se de uma revisão integrativa realizada nas bases de dados da Lilacs, Medline, Cinahl e Scopus, a partir dos descritores indexados e seus respectivos sinônimos, nos idiomas português, inglês e espanhol, considerando como critérios artigos científicos completos publicados, no período de 2000 a 2020, nos idiomas supracitados, e como elegibilidade aqueles que respondiam à questão norteadora. Foram encontradas nas bases de dados 278 publicações, das quais 15 foram selecionadas para leitura na íntegra que abordavam a TB como doença ocupacional, desafios enfrentados relacionados a biossegurança, prevenção, fatores de risco, sobrecarga dos sistemas de saúde, implementação de diretrizes, estigmas, pró atividade profissional e os contextos de outras epidemias acarretando maior carga de trabalho, adoecimento e medo da comunidade de se infectar. Os desafios resultam em piora da qualidade do serviço, da saúde física e psíquica dos profissionais de saúde, aumentando a vulnerabilidade e chance de adoecimento por TB.
Introdução e objetivo: Considerando a vulnerabilidade da população indígena no adoecimento por tuberculose (TB), esta revisão teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico e a epidemiologia dos casos notificados de TB nos povos indígenas, de acordo com a literatura nacional e internacional. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa, a partir da questão norteadora: “Qual o perfil epidemiológico/epidemiologia dos casos notificados de TB nos povos indígenas?”, nas bases de dados LILACS, PubMed, Scopus e Embase com os descritores indexados e seus respectivos sinônimos no DeCS, Mesh e Emtree. Considerou-se como critérios de inclusão: artigos completos, em português, espanhol ou inglês, publicados nos últimos 10 anos, excluindo-se aqueles que estavam duplicados e que não se caracterizavam como artigos científicos. Foram selecionados os artigos que atendiam ao critério de elegibilidade sobre o perfil e a epidemiologia da TB nos povos indígenas, submetidos a análise através da leitura na íntegra e fichamento. Resultados: Dos 26 estudos, verificou-se alta incidência de TB, com média de idade de 25 anos. A maioria era do gênero masculino, residiam na zona rural, baixa escolaridade, forma clínica pulmonar e diabetes mellitus entre as doenças e agravos associados mais frequente. Baixa realização dos exames diagnósticos e controle mensal, além do teste para o HIV. Realizaram o tratamento diretamente observado e apresentaram elevado percentual de cura e baixo tanto para o abandono e como o óbito por TB. Conclusão: Diante destes achados, o adoecimento por TB entre os povos indígenas está relacionado com questões econômicas, sociais, ocupacionais e organizacionais dos serviços de saúde.
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