Este artigo é um recorte de pesquisa mais abrangente, de análise da implementação do Programa Escola 10, de Alagoas. A abordagem é qualitativa e abrange entrevistas com agentes da política e pesquisa documental, optando-se por utilizar a análise de conteúdo na interpretação das entrevistas. A partir das entrevistas foram definidas categorias de análise, dentre estas a de exigências do Programa, analisada neste artigo. Verificou-se que houve resistência por parte de diversos implementadores, e dentre os fatores que a motivaram está o descrédito de mais uma política que pode ser descontinuada com a mudança de governo, a falta de valorização profissional e reconhecimento do papel docente no processo, além da elevada cobrança e pressão para o cumprimento das metas do Programa. Os critérios de competição e concorrência para alcançar os prêmios oferecidos parecem estar à frente do objetivo de melhoria na qualidade da educação pública do estado.
O artigo se propõe a refletir as reformas no Estado brasileiro a partir da década de 1980, com foco nas reformas educacionais na América Latina e suas políticas para o controle da escola pública no Brasil. Destaca-se a implementação das avaliações sistêmicas da educação básica que revelam o nível de aprendizagem dos alunos por meio de indicadores escolares. Essa abordagem é defendida por organizações como o Movimento Todos Pela Educação e suas Fundações e Institutos associados, que interferem diretamente nas escolas públicas com soluções prontas e abordagens orientadas para o mercado. Também é discutida a avaliação externa como forma de controle social, embora seja essencial que ela avance o processo educacional e seja primordial para a elaboração de políticas que promovam a formação e emancipação do cidadão, visando a transformação social. Contudo, a forma como é implantada e implementada promove a pressão sobre os professores, propagando uma meritocracia que estimula a concorrência e incentiva a bonificação.
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Parasitoses se constituem em um agravo ao organismo que lhes alberga, principalmente se estes organismos são crianças que estão em fase escolar e necessitam que todos os fatores que possam influenciar negativamente no desenvolvimento de sua cognição estejam ausentes nesta fase. Com isso o presente trabalho teve como objetivo investigar a ocorrência de enteroparasitos em alunos do ensino fundamental e determiná-la como fator ambiental de interferência negativa no processo de ensino e aprendizagem em duas escolas de Santana do Ipanema – AL. Para tanto, foi entregue aos professores um questionário contendo sintomas relacionados à presença de enteroparasitos no corpo de uma criança, para que estes observassem grupos de cinco alunos por uma semana. Posteriormente foi feito um parasitológico de fezes desses alunos. Estes dados foram computados e confrontados através da estatística do Qui-quadrado que revelou haver pouca relação entre sintomas observados e presença de parasitos no corpo das crianças, no entanto, os coeficientes de associação (fi) e (gama) mostraram que existe pouca relação embora com associação positiva, respectivamente, entre sintomas observados e presença de enteroparasitos. Conclui-se, portanto, que a presença de parasitos no corpo de crianças se constitui em um fator de interferência negativa para o processo de ensino e aprendizagem.
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