Objetivo: caracterizar e analisar a distribuição epidemiológica da hanseníase no município de Vitória do Mearim (Maranhão), com enfoque entre os anos de 2001 e 2022. Métodos: quantitativo de análise histórico-descritivo, utilizando-se de procedimentos metodológicos inerentes ao estudo de caso; as etapas envolveram levantamento bibliográfico secundário e os dados analisados foram obtidos junto ao Sistema de Informação de Agravos de Notificações (SINAN) e relatórios da Secretaria Municipal de Saúde de Vitória do Mearim (SEMUS). Os resultados foram expostos por meio de tabelas, gráficos e discussão textual. Resultados: entre janeiro de 2001 e junho de 2022 foram registrados 682 casos de hanseníase em Vitória do Mearim, com maior prevalência entre adultos de 30 a 39 anos. Cerca de 81% correspondem a novos casos, com predominância dos tipos de hanseníase multibacilares; de modo geral, a taxa de detecção esteve acima dos indicadores estadual e nacional, exceto em 2014 e 2021. O coeficiente de detecção em menores de 15 anos, indica a transmissão ativa da doença, ao passo que a quantidade de pacientes com graus de incapacidade 1, 2 e não avaliada apontam à premência de ampliação no quadro de busca pela doença. Quanto a espacialização, 53% correspondem a ocorrências no meio urbano, com a região de Jotas concentrando cerca de 18% do todo. Conclusão: foi realizado um diagnóstico epidemiológico, avaliando-se alguns dos indicadores da hanseníase; verificou-se a necessidade de se intensificar as buscas ativas, incluindo os pacientes desistentes, e a consolidar as medidas que ajudarão nos diagnósticos precoces, consequentemente, no futuro controle do cenário endêmico.
O artigo apresenta o uso da Arqueologia Pública na experiência das atividades de educação, desenvolvidas no âmbito de um projeto de gestão de bens arqueológicos no município de Caaporã (Paraíba). As ações educacionais partiram das concepções da formação social dos sujeitos envolvidos, associando o lugar e a memória em contraposição a cultura enquanto mercadoria. A socialização da interpretação pública da arqueologia regional, oportunizou a conscientização sobre temas pouco explorados no ensino regular, como, o conhecimento sobre história através da cultura material ou em relação a populações pré-coloniais que habitavam a região, reforçando, assim, o papel ciência arqueológica na construção das identidades ou mesmo da autoafirmação individual e coletiva.
Trazemos uma reflexão da materialidade como uma categoria que expressa e manifesta a condição fundamental dos seres humanos. Na nossa visão, as realizações da humanidade sempre foram intermediadas pelas coisas. Cada vez mais nos relacionamos por meio delas, devido à nossa capacidade de acumular conhecimento e convergir pensamentos em ações. As coisas se misturam ao nosso coletivo por meio das mais variadas formas (em casa, no trabalho, num museu etc.). Assim, apresentaremos uma breve discussão sobre a marginalização de estudos que enfocam a materialidade, nos quais geralmente são empregadas matrizes ontológicas convencionais que não conectam a cultura material à vida social. O texto oferece uma visão provocativa quanto à importância da materialidade e sobre a necessidade de abordagens que integrem essa dimensão em análises sociais mais amplas
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