Resumo Objetivo Estimar a prevalência do deficit cognitivo e verificar associações com variáveis sociodemográficas e de saúde em idosos de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de uma cidade no interior do nordeste brasileiro. Método Estudo transversal de prevalência e associação a respeito da população idosa. Os instrumentos utilizados para coleta dos dados foram Miniexame do Estado Mental (função cognitiva), Escala de Depressão Geriátrica Abreviada (sintomas depressivos), Escala de Lawton (capacidade funcional), Miniavaliação Nutricional (estado nutricional) e teste Timed Get Up and Go (risco de quedas). A associação bivariada entre o deficit cognitivo e as variáveis independentes foi avaliada pelo teste qui-quadrado. A análise multivariada foi feita usando um modelo de regressão logística com as razões de prevalência (RP) e intervalo de confiança de 95% (IC95%). Resultados Foram avaliados 818 idosos. A prevalência de deficit cognitivo foi de 65,9% (IC95%=62,50 - 69,10). Ao compor o modelo de análise multivariada, verificou-se maior ocorrência de deficit cognitivo em indivíduos mais velhos (RP=1,48; IC95%=1,07-2,05), funcionalmente dependentes (RP=3,27; IC95%=2,01-5,10), analfabetos (RP=1,66; IC95%=1,15-2,40) e com risco de desnutrição ou desnutridos (RP=2,09; IC95%=1,47-2,96). Conclusão O presente trabalho evidenciou alta prevalência de deficit cognitivo e que foi associada à idade, escolaridade, capacidade funcional e estado nutricional. É possível questionar se isso se deve à grande quantidade de pessoas com comprometimento cognitivo leve sem demência com remissão posterior dos sintomas, ou pela ocorrência de demência de início precoce.
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