O presente estudo tem como objetivo analisar as percepções e significados de HIV/aids de trabalhadores da saúde da família. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida com os 14 profissionais da equipe multiprofissional da Estratégia Saúde da Família num município paulista. Os dados foram coletados por entrevista semiestruturada e interpretados por análise de conteúdo. Construíram-se 3 categorias de análise. 1. Relação com o cuidado em que o HIV/aids refere-se à condição de anormalidade; 2. Impacto individual, familiar e social marcada pelo preconceito e julgamento pela forma de contágio e 3. HIV/aids e sexualidade em prevalece como causa de contaminação os atos sexuais ilícitos e a quantidade de parceiros, bem como culpabilização da pessoa a adquirir a condição. Apesar das mudanças no perfil epidemiológico da doença ao longo do tempo e introdução da terapia antirretroviral, os profissionais reproduzem e carregam percepções estigmatizantes resultando em discursos falsamente modificados que trazem a tona simbolismos primários da infecção relacionadas ao incorreto, medo e preconceito. A percepção e significados atribuídos podem refletir na sua prática de cuidado impactando na eficácia da atenção integral à saúde.
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