Estudo de abordagem qualitativa realizado com o objetivo de revelar como os surdos percebem a comunicação com os profissionais de saúde, e compreender o significado da presença de um acompanhante oralizado como interlocutor, durante atendimento na rede pública de serviços de saúde. Foram realizadas 11 entrevistas com pessoas surdas que se comunicassem por meio da língua de sinais. As falas dos entrevistados foram traduzidas para o português, transcritas e submetidas à análise de conteúdo temática, que resultou em três categorias temáticas: as ferramentas de comunicação na assistência à saúde dos surdos; a presença do acompanhante como interlocutor; e a comunicação em Língua Brasileira de Sinais. As estratégias de comunicação com os usuários surdos adotadas pelos profissionais de saúde se mostraram ineficientes e mesmo a presença do acompanhante como interlocutor não foi suficiente para garantir uma assistência de qualidade, visto que os surdos se mostraram sujeitos passivos no seu próprio processo saúde-doença. Nesse sentido, os participantes salientaram que preferiam ser atendidos por profissionais que conhecessem a língua de sinais, no sentido de estabelecer uma comunicação direta, mantendo sua privacidade e independência.
Objetivou-se analisar os projetos pedagógicos de cursos de graduação em Enfermagem, Fisioterapia e Odontologia, quanto à inclusão do componente Libras e aos parâmetros que norteiam esta ação educativa na formação dos profissionais, para assegurar a integralidade e humanização da assistência. Trata-se de estudo transversal e documental com abordagem qualitativa, realizado em 25 cursos da Paraíba, Brasil. Foram analisados os projetos pedagógicos dos cursos e 24 coordenadores responderam um questionário, sendo esses dados analisados à luz de Bardin. Os resultados indicam que 58% dos cursos oferecem a Libras e que os de licenciatura não a disponibilizam. Os conteúdos das ementas abordam temas como: a cultura da comunidade surda, a Libras e sua estrutura linguística, a abordagem prática de comunicação, política e legislações inclusivas. Porém, essa realidade segue paralela a respostas imprecisas no tocante à organização do componente, formação do profissional em Libras e suas atribuições.
Objetivou-se compreender o conhecimento de pessoas surdas em saúde e doença e suas fontes de informações em um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado em uma instituição pública de referência, no estado da Paraíba, em atendimento a pessoas com deficiência. Foram realizadas entrevistas individualmente, em língua de sinais, com 11 pessoas surdas escolhidas pelo método de saturação do conteúdo das falas. Os dados foram analisados segundo a análise de conteúdo. Das falas, emergiram as categorias: processo saúde-doença e fontes de informações de saúde. Os surdos entrevistados nesse estudo apresentaram um conhecimento limitado sobre o processo saúde-doença. Os sujeitos valorizam o médico como imprescindível para o processo saúde-doença. Alguns surdos expuseram não conhecer sobre saúde, devido a fontes precárias e pouco eficientes, disponibilizando informações primárias, sem profundidade de conteúdos, e, por isso, reivindicam mais oportunidades.
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