Transtorno Mental Comum (TMC), prevalente entre os estudantes de medicina, evidencia a existência de fatores correlacionados aos hábitos de vida e métodos de ensino. Objetivando analisar qualitativamente esses fatores associados à prevalência do TMC nesses acadêmicos, este estudo é descritivo e exploratório, de cunho comparativo, envolvendo as duas universidades de medicina da cidade de Boa Vista (Roraima), que possuem métodos de ensino distintos: aprendizagem baseada em problemas (ABP) e tradicional. Aplicou-se o Self-Reporting Questionnaire-20, em seguida selecionou-se apenas alunos que apresentavam TMC, mediante o questionário, para participar de entrevistas semiestruturadas, por meio da Saturação de Dados e Análise de Conteúdo. Participaram 114 estudantes, 52 da UERR e 62 da UFRR, dentre os quais foram selecionados 11 da UERR e 11 da UFRR para entrevista, e foram criadas 3 categorias. Constatou-se graus elevados de TMC, independente do método, no entanto, para os acadêmicos do ensino tradicional, preponderantemente pela carga horária curricular, limitando o autocuidado e a prática de hábitos saudáveis, enquanto que para os da ABP ressalta-se as dificuldades de gestão de tempo e a concentração das demandas acadêmicas em poucos dias de ensino. Não obstante, notou-se que as atividades extracurriculares foram determinadas como fator estressor para o método tradicional, e de alívio para o ABP. Faz-se necessário intervenções em relação à saúde mental dos discentes, para ampliar o controle emocional e a qualidade de vida, tão defasada nos profissionais médicos.
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