Introdução: A gestação é um processo fisiológico que provoca alterações biomecânicas, podendo até mesmo gerar transtornos uroginecológicos. No Brasil, as políticas de saúde focadas na saúde da mulher não incluem orientações específicas durante o pré-natal e puerpério quanto aos cuidados com o assoalho pélvico. A prevenção e os cuidados na gestação são itens fundamentais para ter um parto saudável. Objetivo: Revisar os estudos publicados nos últimos 5 anos a respeito do papel da fisioterapia pélvica na atenção primária à gestante. Métodos: Revisão integrativa de literatura realizada através de busca nas bases de dados eletrônicas Pubmed, BVS, Science Direct e PEDro, no período compreendido entre os anos de 2015 e março de 2020. Resultados: Foram incluídos 7 artigos conforme os critérios de elegibilidade. A população estudada foi de gestantes, com idade entre 18 e 44 anos, em atendimento fisioterapêutico em Unidades Básicas de Saúde ou Centros Comunitários de Saúde. Contudo, os métodos de avaliação foram empíricos na maioria dos estudos, sendo considerados metodologicamente insatisfatórios e apenas um forte. Conclusão: Foram observadas diversas respostas positivas nas gestantes, principalmente em relação ao autoconhecimento, sobre o processo gestacional e a atuação do fisioterapeuta. Mais pesquisas são necessárias devido à baixa qualidade metodológica dos estudos.
Introdução: Com a finalidade de evitar e reduzir lesões dos tecidos do canal do parto, a episiotomia pode ser realizada. Contudo, complicações cicatriciais podem ocorrer e resultar em desconfortos e dificuldades nas atividades diárias das parturientes. O uso de fotobiomodulação (FBM) em episiotomia é considerada uma alternativa de método não farmacológico para auxiliar no tratamento e cuidado destas puérperas. Objetivo: Revisar os estudos publicados nos últimos 20 anos sobre o efeito da FBM em episiotomia. Métodos: Revisão sistemática da literatura realizada através de busca digital em artigos publicados em revistas eletrônicas, ensaios clínicos e ensaios clínicos randomizados, entre os anos de 2000 e 2020, nas bases de dados eletrônicas PEDro, PubMed, Science Direct e Bireme. Resultados: Foram verificados estudos com aplicação da FBM para reparo tecidual e analgesia em episiotomia. A partir da análise de estudos metodologicamente mais robustos, a FBM não pareceu apresentar benefícios na aceleração do processo cicatricial, mas alguns resultados positivos para o controle da dor. Conclusão: De acordo com os achados, são necessários mais estudos com adequação de parâmetros e qualidade metodológica para elucidar quais os efeitos do uso da FBM no tratamento de episiotomia.
Introdução: A humanização do parto é preconizada pelo Ministério da Saúde e incentivada dentro das maternidades. Com ela, várias técnicas e acessórios vem sendo utilizados, a fim de proporcionar à parturiente uma melhor experiência de parto. Um deles é a banqueta de parto que, ainda hoje em dia, apresenta opiniões contraditórias a seu respeito. Objetivo: Revisar sistematicamente os estudos publicados nos últimos 10 anos sobre o uso da banqueta de parto, principalmente durante o segundo estágio do trabalho de parto. Métodos: Revisão sistemática de literatura realizada através de busca bibliográfica digital em artigos científicos publicados em revistas eletrônicas, ensaios clínicos e estudos randomizados, no período compreendido entre os anos de 2011 a 2021, nas bases de dados eletrônicas PubMed, BVS, Scielo e PEDro. Resultados: A banqueta reduziu o tempo de trabalho de parto no 1º e no 2º estágio do trabalho de parto. Também apresentou maior frequência de parto vaginal espontâneo. Ela apresentou maior dor quando comparada com outras posições e também maior perda de sangue. Conclusão: O uso da banqueta mostrou-se benéfica quando analisados os desfechos tempo, episiotomia e parto vaginal espontâneo. Contudo, não apresentou resultados melhores que posições horizontalizadas para perda de sangue e dor.
Introdução: A incontinência urinária é uma disfunção do assoalho pélvico e acomete mulheres das mais variadas idades. A atividade física tem diversos benefícios, no entanto o assoalho pélvico pode ser a única área do corpo em que seu efeito positivo pode ser questionado. O CrossFit® é um programa de treinamento de alto impacto que envolve exercícios aeróbicos e anaeróbicos. Esta atividade possui um caráter motivacional e desafiador e vem ganhando milhões de adeptos no mundo todo. Objetivo: Revisar os estudos publicados nos últimos 5 anos a respeito das disfunções do assoalho pélvico em atletas praticantes de CrossFit®. Métodos: Revisão integrativa de literatura realizada através de pesquisa nas bases de dados Pubmed, Bireme (Lilacs, Medline, Scielo), Science Direct e PeDro, entre os anos de 2015 a 2020. Resultados: Foram incluídos 6 artigos aplicáveis aos critérios de elegibilidade. A população estudada são mulheres de 16 a 75 anos, praticantes de CrossFit®. Na avaliação metodológica, os estudos foram considerados fracos a moderados e apenas um forte. Conclusão: Como principais achados deste estudo, observou-se uma prevalência significativa de IU em praticantes de CrossFit®; essa disfunção parece estar relacionada a um atraso na ativação da musculatura pélvica quando exigida durante os exercícios.
Introdução: Prolapso de órgão pélvico (POP) consiste no deslizamento de órgãos pélvicos femininos através do introito vaginal, por falhas no sistema de suporte. Acredita-se que a etnia esteja diretamente associada ao aparecimento do POP. Objetivo: Revisar estudos publicados nos últimos 5 anos para verificar a relação entre etnia e a incidência de prolapso de órgãos pélvicos em mulheres de diversas raças. Métodos: Revisão integrativa de literatura efetuada através de uma busca em artigos científicos publicados em revistas impressas e eletrônicas no período compreendido entre os anos de 2015 e março de 2020, nas bases PubMed, Bireme e PEDro. Resultados: Foram incluídos 4 estudos segundo os critérios de elegibilidade. Foram identificados estudos sobre diferenças étnicas em POP ou períneo descendente. A população estudada foi de mulheres afrodescendentes, caucasianas e asiáticas. Na avaliação metodológica, apenas um estudo foi considerado moderado, enquanto os demais foram considerados fortes. Conclusão: A análise dos dados foi capaz de demonstrar diferenças em sintomas, nos perfis genético, metabólico e de composição das fibras musculares. Observou-se que mulheres afrodescendentes apresentam maior índice de prolapsos de parede anterior, as caucasianas de parede posterior e asiáticas apresentaram maior descida uterina e prolapsos de cúpula vaginal.
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