Objetivo: Identificar e revisar as causas de infecções hospitalares associadas a bacilos gram-negativos não fermentadores (BGN-NF) em unidade de terapia intensiva (UTI) e seus métodos de controle e prevenção. Revisão bibliográfica: A taxa de infecção por estes microrganismos é baixa quando comparadas com outros grupos bacterianos, no entanto, se tornam graves pelo fato da alta resistência aos fármacos antimicrobianos. Além disso, fatores como o ambiente físico e tempo de internamento são aspectos ideais para a colonização por estes tipos de bactérias. A diversidade e disseminação podem ser ocasionadas pelo grande fluxo de pacientes submetidos a cirurgias, doença de base, uso dos cateteres urinários e venosos, ventilação mecânica, perfil imunológico, idade e o uso de medicamentos imunossupressores, como também o tratamento empírico com antibióticos e seu uso de forma inadequada podem tornar os pacientes suscetíveis a infecções. Considerações finais: Medidas constantes de esterilização do ambiente e de materiais utilizados para a reabilitação em UTI são fundamentais para a redução do agravamento das taxas de mortalidade em decorrência desta problemática, possibilitando a limitação de aparecimento de microrganismos resistentes aos atuais fármacos existentes, reduzindo assim problemas relacionados a assistência à saúde.

O carcinoma epidermóide oral (CEO) é o tipo mais comum de neoplasia maligna entre os tumores de cabeça e pescoço, correspondendo mais de 90% dos casos e, apesar dos avanços nas medidas terapêuticas, a maioria dos tumores são diagnosticados em estágio tardio da doença, resultando em um prognóstico ruim e baixas taxas de sobrevida. As desordens com potencial de Malignização (DPM) são anormalidades clínicas e histopatológicas, a nível celular, que podem assumir o caráter de tumor maligno, a qualquer tempo, porém podem permanecer estáveis por um considerável tempo. A literatura aponta que cerca de 80% de dos cânceres de boca são evoluções de DPM. Conhecer as lesões com potencial de malignização se torna importante, para diagnosticar precocemente o câncer de boca, melhorando no prognóstico e nas taxas de sobrevida. Diante do exposto, este estudo possui como objetivo revisar a literatura acerca das lesões com potencial de malignização, abordando suas principais características que possibilitam identificá-las. Para a construção deste artigo foi feito um levantamento bibliográfico nas bases de dados SciVerse Scopus, Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e U.S. National Library of Medicine (PUBMED). Foram selecionados artigos contemplados entre os anos de 2010 à 2021. Os resultados desta pesquisa revelam existem quatro principais lesões com grande potencial em se tornar câncer de boca, sendo elas leucoplasia, eritroplasia, quielite actínica e líquen plano oral.

Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são utilizados em exodontia de terceiros molares devido seus efeitos anti-inflamatório, analgésico e antipirético no controle de dor, edema e trismo pós-operatórios. Diante disso, este estudo teve como objetivo descrever a eficácia dos AINEs como terapia medicamentosa, combinada ou isolada a opioides no pré-operatório em cirurgia oral de terceiros molares. Trata-se de um estudo de revisão integrativa. Para isso, descritores cadastrados no DeCS/MeSH foram aplicados nas bases indexadas da PubMed, LILACS, IBECS e BBO e posteriormente interligados através do operador booleano “and”. Um total de 109 estudos em um período de 5 anos (2018 a 2022) foram recuperados. Após análise, 13 ensaios clínicos com ou sem randomização foram incluídos. A literatura evidencia efeitos promissores na ação terapêutica dos AINEs quando administrados de maneira preemptiva à extração dentária de terceiros molares, demostrando redução de respostas anti-inflamatórias, contribuindo para uma recuperação mais rápida dos pacientes. Diclofenaco de sódio, meloxicam, nimesulida, ibrupofeno, trometamol e flurbiprofeno foram eficientes em controlar eventos inflamatórios contribuindo com redução da vermelhidão, edema, trismo e dor nos estudos observados. A combinação ou não dos AINEs aos opioides reduz significantemente a dor, edema e o trismo em exodontia de terceiros molares. Todavia, novos ensaios clínicos com períodos prolongados e amostras significativas devem ser idealizados visando conceituar quais combinações e suas respectivas dosagens farmacológicas podem apresentar melhor eficácia analgésica.

Objetivo: O objetivo deste trabalho é relatar a experiência de um projeto de extensão universitária na realização de oficinas de educação em saúde na sala de espera de uma UBS do interior do Piauí. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado no período de janeiro a dezembro de 2017 na Unidade Básica de Saúde Hilda Veras, localizada na cidade de José de Freitas PI. O projeto teve apoio da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e do Conselho Regional de Fisioterapia. O projeto foi composto por acadêmicos da área da saúde e os encontros ocorriam com periodicidade quinzenal com duração de 1 hora por encontro, a escolha dessa unidade justificou-se pelo acesso facilitado para os acadêmicos. Resultados: Foram realizados 22 encontros na UBS. Um ponto importante a se destacar foram às possibilidades produzidas pelas estratégias de acolhimento que propiciaram uma relação bem próxima entre usuários, seus familiares e as equipes durante as práticas. Verificamos que o acolhimento, com o tempo estava se tornando algo espontâneo e não engessado ou tímido, como foram nos primeiros instantes. Isso foi possível evidenciar pelo fato de que algumas pessoas da comunidade já passavam a reconhecer os estudantes do projeto, e assim, procurá-los para informações, ajuda e até mesmo uma conversa, afim de saber o papel deles no local, o que foi bastante interessante. Conclusão: A partir das experiências no projeto de extensão foi possível promover reflexões sobre a importância do acolhimento nas Unidades Básicas de Saúde, como também sobre a importância da Educação em Saúde. Além de experiências enriquecedoras de trocas de saberes com os grupos, também foi possível aprender mais sobre as metodologias ativas e de acolhimento que as políticas públicas preconizam.

Objetivo: Realizar uma revisão integrativa sobre os efeitos celulares e moleculares da laserterapia de baixa intensidade (LBI) em procedimentos odontológicos. Métodos: Os descritores “Inflammation Mediators”, “Low-Level Light Therapy”, “Dentistry”, “Biomarkers”, “Clinical Trial”, “Drug Evaluation” e “Preclinical” foram aplicados no Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE) via National Library of Medicine (PubMed), Science Direct e Google Scholar, interligados através de “AND/OR”. O período de 10 anos (2011 a 2021) foi utilizado sendo encontrados um total de 130 estudos que após análise apenas 15 foram incluídos. Resultados: A literatura evidencia essa terapia como promissora para diversos problemas que afetam a cavidade oral, proporcionando efeitos regenerativos no processo de cicatrização, efeitos anti-inflamatórios, reduções de quadros álgicos, desempenhando ainda um papel de suma importância na modulação de citocinas e fatores de crescimento celular em procedimentos odontológicos. Os níveis de interleucina 1 (IL-1β) foram variáveis em associação a LBI, os níveis de substancias P e matrix metalloproteinase-8 (MMP-8) foram reduzidos nos grupos avaliados. Considerações finais: A LBI pode promover respostas clínicas positivas na odontologia visto a ação dos mediadores envolvidos nestes processos regenerativos, contudo, devido à escassez de estudos em alguns campos da odontologia, faz-se necessário mais pesquisas na área.