“…No século XX, a guerra teria sido uma das maiores causas de abandono de crianças e de adoção (Ijzendoorn & Juffer, 2006). No Brasil, a história da adoção se fez presente deste a época da colonização, permanecendo muito tempo, numa modalidade de filiação muito silenciada, encoberta por preocupações e desqualificações, tanto no que diz respeito à qualidade da relação de filiação, ainda vivenciada socialmente com sendo de "segunda categoria", quanto pelas problemáticas que frequentemente se associaram aos filhos adotivos, como "filhos problemas" (Paiva, 2004;Levinzon, 2009;Maux & Dutra, 2010;Silva & Arpini, 2012). Durante muito tempo, os filhos adotivos ocuparam um lugar diferenciado, sendo tratados de forma muitas vezes discriminatória, não dispondo dos mesmos benefícios que os filhos biológicos.…”