“…A chegada das ferrovias marcava a entrada do interior na cadeia mercantil global e favorecia a dinamização de conexões com os processos transnacionais de valorização do capital (MORAES, 2014). Nessa conjuntura, paulatinamente, se destacaram setores de classe média e pequena burguesia urbana que orbitavam os ricos cafeicultores do ponto de vista socioeconômico (DOIN, 2007). A pujança atraiu, em meio à ampliação das discussões abolicionistas, diversificados contingentes migratórios que aportavam em Santos e se direcionavam para a capital da província e as cidades e fazendas do interiorcomo a Ibicaba, por exemplo -, nas quais se inseriam a partir do trabalho como meeiros, pequenos proprietários, arrendatários ou seguindo, muitas vezes, ofícios de tradição familiar (ALVIM, 1986).…”