O embate de verdades, suscitado em função da pandemia instalada pela proliferação do novo coronavírus, abre campo para a discussão sobre o biopoder, a biopolítica e as relações que se estabelecem nessa perspectiva. Assim, este artigo objetiva analisar as relações de poderinerentes à biopolítica -presentes como reflexo das ações para a (des)construção desse contexto pandêmico. Como corpus de análise, elegemos postagens extraídas de redes sociais nas quais se percebe a discursivização de posicionamentos que denotam um duelo de verdades no que se refere às ações de combate à COVID-19, tendo como recorte a situação do Brasil. Para fundamentar esta abordagem, ancora-se, sobretudo, nos estudos de Michel Foucault (1976;2005;2008; 2009), que apresentam elementos essenciais acerca dos aspectos a serem explorados neste texto. Como procedimentos metodológicos, apresenta-se uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa. Da análise realizada, entende-se que o lugar social dos sujeitos se constitui sob duas perspectivas: uma arena onde se consolidam determinadas relações de poder, e um espaço onde se acentuam as estratégias de resistência, na recusa ou adesão das estratégias do biopoder.