“…Rogers (2003) apresenta os princípios para o ensino centrado no aluno:podemos apenas facilitar a aprendizagem, não podemos ensinar, diretamente, outra pessoa; a aprendizagem significante está ligada à manutenção e desenvolvimento da estrutura do self, ou seja, as percepções de si e da sua própria realidade, as relações interpessoais; alteração na organização do self, pois há uma tendência para resistir por meio da rejeição e da simbolização distorcida; quando a estrutura e organização do self estão ameaçadas, ficam mais rígidas, fazendo com que os alunos aprendam menos, mas, quando estão livres das ameaças, a aprendizagem significativa acontece.Observamos que a ideia principal desenvolvida por Rogers, a Abordagem Centrada na Pessoa, pode ser associada com a educação politécnica, pois Marx defende uma escola capaz de desenvolver uma educação tendo como princípio a formação do educando, habilitando-o a reconhecer no mundo e em si a sua própria existência enquanto ser que produz o espaço e se apropria dele. Diferente da visão da escola tradicional burguesa, que reproduz a dicotomia de classe, em que o aluno é visto como um indivíduo incapaz de transformar a si próprio e o espaço onde vive, sendo mero elemento de uma sociedade de classe, alguém que aprende uma técnica de forma alienada, reproduzindo o interesse do capital e da classe dominante(MATIAS et al, 2019).CONSIDERAÇÕES FINAISRogers (1985) afirma que um dos grandes desafios das instituições de ensino é promover um clima agradável em que alunos e professores sejam livres para realizar novas descobertas, sem sofrer pressões nem censuras externas, podendo praticar a autoaceitação, ser quem são sem se enganarem. A aprendizagem autoiniciada envolve a pessoa do aprendiz, pois une o sentimento e o intelecto, desse modo, a aprendizagem se torna mais duradoura e significante.Rogers sugere que o espaço da sala de aula não seja previamente estabelecido, mas construído por pessoas autênticas que se relacionam.…”