“…No entanto, ao se encontrar com o seu avô, homem mais experiente, que imediatamente percebe o seu banzo, o menino revela as suas angústias, busca alento, carinho, colo. De homem para homem, busca solidariedade. Esse desfecho já é uma tendência apontada por Kirchof, Bonin e Silveira (2015), pontuando que tanto pela consulta aos livros, que representam a questão do saber sistematizado, colonialidade do saber (WALSH, 2009), quanto pela consulta aos mais velhos, respeito às memórias coletivas, a tradição oral, a ancestralidade, perspectiva decolonial (WALSH, 2009), são apresentadas soluções para que os personagens negros envolvidos em situações de discriminação racial possam se aceitar. Dessa maneira, o avô de Eno explica para ele sobre o "[...] racismo, das dificuldades que as pessoas negras enfrentaram e enfrentam para serem aceitas nesse mundo" (SANTANA, 2008, p. 22).…”