A profissão de tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) emerge e consolida-se em condições históricas específicas, em especial, no contexto das lutas das comunidades surdas brasileiras voltadas ao reconhecimento cultural e linguístico. Inscrito no campo teórico dos Estudos Culturais, este estudo tem como objetivo discutir como se constituiu a profissão dos tradutores e intérpretes de Língua Brasileira de Sinais – Libras. Recorre-se a estudos sobre a Educação de Surdos, a instituição da língua de sinais e a mediação linguística para entender o contexto a partir do qual a profissionalização foi sendo configurada e respaldada. A metodologia envolveu revisão de estudos e de documentos que regulamentam essa profissão no país, exames de proficiência em tradução/interpretação na Língua Brasileira de Sinais/Língua Portuguesa – PROLIBRAS, realizados entre 2006 e 2015 e, ainda, editais de concursos públicos, produzidos entre 2013 e 2016, para o provimento de cargos em Instituições de Ensino Superior.
Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Canoas/RS -Brasil II Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre/RS -BrasilNo Brasil, desde meados da década de 1990, mas especialmente nos anos 2000, o crescimento do interesse por temas ligados às diferenças tornou-se perceptível no panorama social mais amplo, com reflexos também em uma gama considerável de produções endereçadas às crianças. Dentre essas, a literatura infantil apareceu como campo fértil para a tematização de diferenças étnicas, etárias, raciais, de deficiência, de orientação sexual, de gênero, de conformação corporal, dada a quase consensual concepção -entre os educadores -de que a abordagem de temas por meio de produtos culturais de entretenimento, como livros de literatura infantil, filmes, desenhos animados, jogos é sempre produtiva e fecunda. E é no entrecruzamento dessas duas vertentes -a abordagem das diferenças e a literatura voltada para as crianças -que se situa a presente seção temática.Muitos são os fatores que colaboraram e colaboram para conferir centralidade à temática das diferenças na atualidade, dentre os quais se destacam, por um lado, as iniciativas de movimentos políticos e de uma gama de novos atores sociais que reivindicam direitos específicos -muitos deles incorporados à legislação a partir da premissa constitucional da igualdade e, simultaneamente, do respeito às diferenças culturais, religiosas, étnicas, geracionais etc. Por outro lado, é necessário considerar, para além dos fatores sociais e políticos do Estado brasileiro, os processos de globalização em curso, que tornam cada vez mais porosas as fronteiras que delimitam um dentro e um fora, que definem quem é próximo ou distante, quem somos nós e quem são os outros, e alteram significativamente os panoramas culturais, as rotinas e as prá-ticas dos sujeitos destes tempos.Conforme Hall (1997), no atual contexto mundial de migrações, resultante do surgimento de novas ordens políticas e econômicas globais, as diferenças tornam-se mais expressivas e se evidenciam pela intensificação de contatos entre diferentes. A produção sem precedentes
O presente artigo apresenta uma discussão sobre a representação do feio em livros infantis alinhados com concepções multiculturalistas sobre a diferença. Para tanto, são analisados oito livros brasileiros escritos entre 2008 e 2010. Tomando como fundamento teórico o vasto campo dos Estudos Culturais, o texto prioriza a apresentação da teoria estética de Tomás de Aquino como exemplo de sistema teórico-conceitual que, embora situado historicamente, continua atuando sobre a produção de identidades e subjetividades até os dias de hoje. Uma das principais conclusões é que o multiculturalismo está atuando fortemente sobre a forma como são representadas as diferenças em livros infantis contemporâneos.
Nas últimas décadas, houve um aumento gradual da presença de estudantes indígenas nas universidades brasileiras. Esse crescimento deve-se, principalmente, às ações e às reivindicações de povos indígenas que, entre outras estratégias, têm investido na Educação Superior como espaço político para o reconhecimento de suas identidades, bem como para a afirmação de suas ciências e de seus saberes ancestrais. Assim, grande número de graduados pode prosseguir seus estudos no âmbito da Pós-Graduação. Contudo, a Pós-Graduação brasileira é marcada por intensas desigualdades, aspecto que justifica a criação de políticas de ações afirmativas. O objetivo do presente estudo é discorrer sobre ações voltadas ao ingresso de estudantes indígenas em cursos de Mestrado e Doutorado em Educação de universidades públicas. A pesquisa, de base documental, realizou a análise de resoluções de Conselhos Universitários de 35 universidades públicas e de editais de seleção dos seus respectivos Programas de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado), publicados entre 2017 e 2021. A análise mostra que a autodeclaração é a estratégia principal para acessar as vagas reservadas, mas são variáveis as formas de validação e de aferição da pertença indígena. Observa-se, também, a existência de diferentes modalidades de oferta de vagas, respeitando as diferenças regionais, institucionais e se resguardando-se, assim, a autonomia universitária.
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