A educação em saúde no cuidado de usuários do Programa Automonitoramento Glicêmico

Abstract

O trabalho relata, de maneira sistematizada e crítica, a experiência de um Projeto de Extensão no período de 2010 a 2011. Teve como foco ações de educação em saúde como estratégia para melhorar a adesão das pessoas com diabetes mellitus e insulinodependentes, de uma Unidade Básica de Saúde do município de São Paulo, ao Programa Automonitoramento Glicêmico. Além disso, pretendeu-se contribuir na reorganização do processo de trabalho em relação ao Programa na unidade. Foram utilizadas estratégias de educação em saúde em grupos educativos e visitas domiciliares, assim, possibilitando cuidados mais singulares. Dados dos usuários foram organizados em planilha e em pastas para as equipes de Saúde da Família, facilitando na identificação dos usuários, inclusive os faltosos, e auxiliando na descentralização do cuidado. Com as ações de educação em saúde, pretendeu-se contribuir para um cuidado mais integral e emancipatório aos usuários, para um contínuo refletir dos trabalhadores quanto a suas práticas.

As Práticas De Educação Em Diabetes Vivenciadas No Sus: Uma Discussão Da Literatura Com Ênfase Na Atenção Primária À Saúde

“…Pode ser uma estratégia vantajosa por quebrar obstáculos de acesso aos serviços, como distância de moradia, limitação física ou dificuldades com custos de deslocamento. 25,30,31 Os relatos dos trabalhos incluídos nesta revisão indicam a diversidade de formatos de práticas educativas existentes na literatura. Fica nítido que é necessário um conjunto de práticas educativas nos cuidados com os diabéticos, principalmente na APS, levando em conta as necessidades de cada comunidade, para desenvolvê-las de forma a incentivar a coparticipação.…”

“…20 A ferramenta mais citada para condução dos processos educativos em todos os tipos de intervenção foi a palavra. Quando utilizada na forma de palestras ou orien-tação unidirecional, em consultas, ela permite pouca ou nenhuma participação ativa dos membros, 23,25,28 porém quando associa-se a forma verbal a outras ferramentas, a ação torna-se mais efetiva, principalmente nos grupos. Foram citados materiais visuais e de áudio, como imagens, cartazes, figuras, folhetos explicativos, vídeos, teatro e músicas para ilustrar e elucidar os diferentes assuntos.…”

The use of conversation maps in the metabolic control of diabetes in Brazilians: a randomized clinical trial

“…It is therefore crucial to offer educational interventions for people with DM who are being treated in the health services [12]. To our knowledge, there is a paucity of randomized clinical trials in Latin America related to this topic, as well as of investigations assessing the use of health education in promoting either SMBG in the home setting, or metabolic control.…”

Práticas de educação em saúde realizadas por enfermeiros para pacientes do programa Hiperdia

“…O DM é uma doença do metabolismo que provoca a disfunção na produção de insulina, tendo como característica o aumento da glicose no sangue, levando o paciente a complicações crônicas. 7,8 Ambas doenças possuem agravos semelhantes, como Infarto Agudo do Miocárdio -IAM, Acidente Vascular Cerebral -AVC e doenças renais. Os fatores de risco mais recorrentes são o tabagismo, sedentarismo, obesidade e histórico familiar de Doenças Cardiovasculares -DCV.…”

“…Tais enfermidades tornam-se uma das maiores causas nos números de óbitos, internações hospitalares e amputações dos membros inferiores, no caso da DM, como uma das consequências de suas variadas complicações. 8,9 A HAS e o DM são Doenças Crônicas Não Transmissíveis -DCNT, com um índice de prevalência elevado, de alto custeio social e de enorme impacto na mortalidade da população mundial. Para combater esses dados alarmantes, o Governo procurou implementar intervenções no âmbito da saúde pública, tratando a problemática de uma maneira mais organizada e eficaz, criando em 2001 o Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus-HIPERDIA.…”