2020
DOI: 10.5433/2236-6407.2020v11n3suplp28
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A escrita da história e do luto nas catástrofes coletivas

Abstract: O presente artigo objetiva explorar, a partir das questões levantadas pela pandemia do Covid-19, a tensão e a pluralidade de sentidos que o conceito de desmentido assume no âmbito da psicanálise, considerando-se as acepções de Freud e Ferenczi. Busca-se uma articulação entre as contribuições desses dois autores para estabelecer daí uma descrição das consequências de uma política negacionista que perpetua e agrava as vulnerabilidades e o sofrimento da população mais desfavorecida, sobretudo em situações de catá… Show more

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“…O primeiro seria o trauma constitutivo do sujeito anterior a qualquer acontecimento, homólogo à estrutura, enquanto que o segundo seria o resultado dos eventos acidentais, tais como aparecimento de doença, acidentes e perdas. De fato, é possível perceber que, a partir de uma leitura ferencziana, o trauma pode ser de caráter psicopatológico ou estruturante, sendo seu destino dependente da intensidade, capacidade narcísica e egoica de cada indivíduo (Martins & Rabêlo, 2020;Vieira & Zorning, 2015).…”
Section: Subjetividades Mais Permeáveis Ao Traumaunclassified
“…O primeiro seria o trauma constitutivo do sujeito anterior a qualquer acontecimento, homólogo à estrutura, enquanto que o segundo seria o resultado dos eventos acidentais, tais como aparecimento de doença, acidentes e perdas. De fato, é possível perceber que, a partir de uma leitura ferencziana, o trauma pode ser de caráter psicopatológico ou estruturante, sendo seu destino dependente da intensidade, capacidade narcísica e egoica de cada indivíduo (Martins & Rabêlo, 2020;Vieira & Zorning, 2015).…”
Section: Subjetividades Mais Permeáveis Ao Traumaunclassified
“…A pandemia da COVID-19 -doença infecciosa causada pelo coronavírus -adquiriu, desde os primeiros casos no Brasil em fevereiro de 2020, os contornos de uma catástrofe, aqui compreendida como o advento de um acontecimento de ruptura que coloca em xeque, de forma abrupta, a vida de uma comunidade. O termo Katastrófak, já retomado por outros autores (Martins & Rabêlo, 2020;Pereira & Coelho Jr., 2021;Vertzmann & Romão, 2020), recupera os sentidos propostos por Sandór Ferenczi (1924, que associa os processos de mudança à possibilidade de destruição imposta pela ruptura. Portanto, pode-se falar, a partir de sua proposição, que há na catástrofe "uma dimensão conservadora de luto pelo que foi perdido (...) e também uma dimensão criadora, de luta, pelo que será construído" (Pereira & Coelho Jr., 2021, p.12).…”
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