2010
DOI: 10.5007/1984-9222.2010v2n4p40
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A luta contra a adversidade: notas de pesquisa sobre o mutualismo na Bahia (1832-1930)

Abstract: Resumo: O artigo faz uma cartografia do associativismo de auxílio mútuo na Bahia entre 1832, quando surgiram as primeiras entidades desse tipo no estado, e 1930, quando a Primeira República entrou em colapso e o Estado brasileiro passou a ter uma atuação mais proeminente na questão securitária e nas relações entre capital e trabalho. Além disso, examina as diferenças existentes no fenômeno, considerando os diversos grupos e classes sociais envolvidos no processo, distinguindo, por exemplo, as associações que a… Show more

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“…Semelhante providencia é tanto mais imperiosa quando trata-se da exclusão dos analphabetos da importante funcção do voto, exclusão alias muito natural, porque como reconhece Stuart Mill, que não é suspeito ao verdadeiro liberalismo, os analphabetos para não perturbarem a importante funcção do voto devem ser da mesma excluidos, e uma vez que a lei não quer a sua exclusão systematica convem empregar todos os recursos para instruil-os" (Relatorio..., 1880, p. S1-12).A inclusão de artistas e operários entre aqueles que deveriam ser educados, a fim de garantir o princípio da igualdade outorgado pela Constituição decerto se inseria na preocupação de educar os pobres. A historiografia brasileira que trata do mutualismo e associativismo há muito vem destacando a presença negra entre trabalhadores denominados de artistas, artífices e operários(CASTELUCCI, 2010; JESUS, LACERDA, 2010; MAC CORD, 2013). Pessoas negras compunham a categoria de artistas e operários que "não pode(m) por circumstancias peculiares gozar do ensino diurno".…”
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“…Semelhante providencia é tanto mais imperiosa quando trata-se da exclusão dos analphabetos da importante funcção do voto, exclusão alias muito natural, porque como reconhece Stuart Mill, que não é suspeito ao verdadeiro liberalismo, os analphabetos para não perturbarem a importante funcção do voto devem ser da mesma excluidos, e uma vez que a lei não quer a sua exclusão systematica convem empregar todos os recursos para instruil-os" (Relatorio..., 1880, p. S1-12).A inclusão de artistas e operários entre aqueles que deveriam ser educados, a fim de garantir o princípio da igualdade outorgado pela Constituição decerto se inseria na preocupação de educar os pobres. A historiografia brasileira que trata do mutualismo e associativismo há muito vem destacando a presença negra entre trabalhadores denominados de artistas, artífices e operários(CASTELUCCI, 2010; JESUS, LACERDA, 2010; MAC CORD, 2013). Pessoas negras compunham a categoria de artistas e operários que "não pode(m) por circumstancias peculiares gozar do ensino diurno".…”
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