A demanda mundial por cafés de alta qualidade é crescente, valorizando e promovendo a qualidade do campo ao consumidor. O produtor deve acompanhar as mudanças no setor cafeeiro, que se mostra bastante integrado. Uma vez que o produtor não detém influência sobre fatores externos, deve-se voltar à gestão da empresa rural, em seus componentes internos. Este estudo objetiva identificar o grau de gestão das propriedades cafeeiras da Alta Mogiana Paulista, e os critérios que contribuem para os níveis de gestão, além de identificar padrões que refletem na competitividade regional. A região é produtora de cafés de excelente qualidade, em volume considerável de produção, devido a condições edafoclimáticas favoráveis, e detém selo de Indicação de Procedência. Utilizou-se o Método de Identificação do Grau de Gestão, constituído por questionário com 64 indicadores, abrangendo oito critérios de gestão, classificado em níveis de um (inferior) a nove (superior). Foram aplicados 80 questionários. Outros componentes também são considerados: cooperativismo, certificações agrícolas, tamanho da propriedade, assistência técnica. Nota-se pontuação elevada na região (média 8,5 e mediana nove), para todos os requisitos avaliados, superior aos do Estado de São Paulo e Brasil. As certificações agrícolas, o cooperativismo, a busca por assistência técnica e a participação em eventos técnicos resultam em níveis de gestão superiores. Há maior quantidade de empresas pequenas e médias na região da Alta Mogiana Paulista. Os indicadores específicos da gestão da qualidade dos grãos foram elevados, superiores aos do Estado de São Paulo e do Brasil. Palavras-chave adicionais: café; cooperativismo; indicadores de gestão; microrregião de Franca; qualidade.