A Paisagem E Os Alunos De Graduação Do Departamento De Geografia Da Faculdade De Filosofia, Letras E Ciências Humanas (Fflch), Da Universidade De São Paulo (Usp)

Abstract

Pentecostalismo e lulismo na periferia de São Paulo. Estudo de caso sobre uma Assembleia de Deus na eleição municipal de 2012 São Paulo 2013 Resumo Esta pesquisa consiste em um Estudo de Caso realizado nas eleições municipais de 2012 em São Paulo, no qual explorei a dinâmica eleitoral por dentro de uma igreja evangélica pentecostal que pertence à denominação Assembleia de Deus, em um de seus principais segmentos-o ministério Belém. A investigação se deu tanto no plano da instituição religiosa em questão, quanto no plano dos seus fiéis. Na dimensão institucional, procurei observar os discursos, estratégias e práticas da igreja em questão no momento eleitoral. Na dimensão dos fiéis, procurei entender como essas pessoas estruturam suas visões de mundo e as traduzem no momento do voto, levando em consideração os estímulos da Igreja, mas também as dimensões socioeconômicas em jogo no pleito eleitoral de 2012 em São Paulo. A observação aqui realizada abrangeu tanto o plano eleitoral proporcional quanto o majoritário. Tal abordagem teve como objetivo a investigação ampla da dinâmica eleitoral nesse espaço e nesse pleito específico. A investigação encontrou diferentes tipos e intensidades de engajamento da instituição religiosa entre o plano proporcional e majoritário. Entre os fiéis, encontrei forte apoio, oriundo dos sentimentos de pertencimento e comunidade característicos da sociabilidade religiosa, à candidata promovida pela instituição no plano proporcional. No plano majoritário, o debate de pautas socioeconômicas se fez mais presente, fazendo com que um grupo de fiéis renegassem a indicação da igreja. Abstract This research analyses the electoral dynamic within a pentecostal church of the denomination Assembly of God, in one of its main ministries, the ministry of Belém. The investigation approached both institutional and membership levels. In the institutional dimension, I analyzed the speeches, strategies and practices of the church in the electoral period. In membership's dimension, I analyzed the shaping of the points of views and them effects in the electoral level, considering the influence of the church and also socioeconomics issues. The observation conducted covered both proportional and majoritarian levels, aiming the broad investigation of the electoral dynamic in this specific place and electoral process. This investigation founds different kinds and intensities of the institution in the proportional and majoritarian levels. In membership dimension, I found a strong support to the candidate promoted by the church in the proportional level, deriving of the communitarians ties of the religious sociability. In the majoritarian level, the discussion of the socioeconomic issues was more present, and a part of the members disagreed with the indication of the church. Agradecimentos Este trabalho é fruto de um intenso processo de aprendizagem, que envolveu colaborações e parcerias valiosas estabelecidas na minha vida pessoal e-ainda curta-vida acadêmica. Dessa forma, gostaria de agradecer a algumas pessoas e ...

Ideologia, política e indústria cultural: um estudo sobre o Projeto Brasil que eu quero, da TV Globo, nas Eleições 2018

“…Com base nisso, Duarte (2003aDuarte ( , 2003b e Rocha (2006) se preocupam em asseverar que entre aquela projeção normal e a projeção patológicaas quais supõem, para estes, exercícios correspondentes do esquematismoa diferença existente "seja apenas de grau: em ambas há o momento de reificação do objeto, que na projeção normal é flexibilizado pela reflexão e na patológica é tornado absoluto" (Duarte, 2003a, p. 453) 19 . De tais proposições decorre a ideia da "consciência doentia, defeituosamente esquematizante" (Duarte, 2003a, p. 454), que aponta para os aspectos nefastos do processo, à qual se opõe aquela proposição do "conhecimento potencialmente correto" fundado na "projeção normal" por meio do esquematismo.…”

“…Este uso do esquematismo pressupõe, segundo Rocha (2006), um ego forte ao qual estaria ligado, como condição, um "superego introjetado" diretamente assumido pelo autor como expressão da consciência moral: a "voz da consciência moral do superego introjetado" (p. 86).…”

“…Tal digressão em relação à crítica ao superego se justifica tanto porque ele é estabelecido como critério para um ego forte e este seria uma exigência para que o uso da faculdade de esquematizar não se mostrasse defeituosa (Rocha, 2006) quanto porque é possível notar, quanto ao superego, algo semelhante à crítica que se julga necessária ao esquematismo: uma instância (ou função, no caso do esquematismo) é tomada sem que se pergunte sobre sua gênese e isso tem implicações sobre seu papel. O superego não pode ser separado de sua formação em uma ordem social repressora, ele é produto de violência e renúncia (nem sempre justificadas), é um golpe no ego, um arranjo para desejos frustrados e que não puderam ser elaborados conscientemente.…”

“…É altamente significativo que uma das menções diretas ao esquematismo por parte dos frankfurtianos na Dialética do esclarecimento ocorra imediatamente após essa passagem. Por isso, se, como sustentam Duarte (2003aDuarte ( , 2003b e Rocha (2006), o esquematismo é um amplo processo cognitivo, ele precisa conter essa determinaçãosua formação enquanto procedente da razão dominadoraque põe, de partida, limite à abertura que possa ser observada nele no sentido de potencialmente produzir o "conhecimento correto" (no sentido de verdadeiro) ou descambar para o patológico, para a "esquematização defeituosa" (Duarte, 2003a, p. 455) passam despercebidas e outras são destacadas, é igualmente resultado do moderno modo de produção..." (Horkheimer, 1937(Horkheimer, /1980. Não parece espúria uma conexão entre o 20 Enquanto a tradução referenciada em língua portuguesa traz a passagem como "projeção espontânea", assim como a tradução madrilenha de J. J. Sánchez para Editorial Trotta ("projección espontânea") o elemento indispensável para a antecipação da experiência que nos impede de cair na desorganização mental e no caos e que a denúncia da sua expropriação por parte da indústria cultural ou da sua substituição por esquemas sociais irrefletidos é de extrema importância.…”

“…Reproduz-se, a seguir, o trecho com o objetivo de apresentar a menção aos "estereótipos" (que consta imediatamente antes) e tendo em vista que a citação de Rocha (2006) não coincide com o texto original, nem na edição referenciada pelo autor (a mesma a seguir) nem nas edições em inglês 22 , por omissões e inserções não assinaladas e por modificações de passagens:…”