O artigo é uma análise sobre a fragmentação do território amapaense a partir da criação das áreas legalmente protegidas. Com isso, o objetivo foi analisar esse processo de intervenção espacial que, em muitos casos, tornaram-se espaços permeados por conflitos socioambientais. Questiona-se que tais áreas protegidas não têm representado um espaço real de preservação ou conservação, com diversas formas de disputa, e manifestações de uso do território que impactam no ambiente, economia e sociedade. Pela corrente do pensamento crítico, realizou-se interpretações teóricas do tema, uso de dados, mapas e entrevistas qualitativas. O artigo está dividido em três seções: a primeira apresenta uma análise teórica sobre a agenda ambiental brasileira em um contexto global; a segunda, a formação histórica do estado do Amapá e as unidades de conservação em seu território; a terceira, a gestão e conflitos nas áreas protegidas amapaenses, seguido pelas considerações finais que trazem as reflexões abordadas no texto.