O presente estudo objetivou conhecer os hábitos digitais de 15 alunos com NEE (Necessidades Educacionais Especiais) e analisou as percepções de uma professora da Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) sobre a realização de atividades remotas no período da pandemia de covid-19. A pesquisa caracterizou-se como qualitativa, um estudo de caso. Para a coleta dos dados analisados qualitativamente elegeu-se um questionário sobre o uso de tecnologias e o relato de experiência docente. A análise dividiu-se em eixos: a) Início e desenvolvimento das atividades com o uso da ferramenta Google Classroom; b) participação da família nas atividades remotas; c) dificuldades e experiências exitosas nas atividades. Identificou-se, nos alunos, o hábito de utilizarem Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) para lazer, mas não para aquisição de conhecimento. A ferramenta Google Classroom utilizada para as atividades remotas foi uma novidade para alunos e para a docente. Na realização das atividades, foi necessário incluir outras ferramentas digitais como WhatsApp, e-mail, sala virtual. As atividades realizadas com o apoio da família foram relevantes e, nos casos em que o apoio não foi possível, os alunos apresentaram dificuldades na realização das propostas on-line. Conclui-se que, com o apoio da família, o acesso ao docente com feedback imediato, por meio do WhatsApp, possibilita a organização e realização exitosa da rotina de estudos para esses alunos e até promove novos hábitos de estudos por meio das TICs.