Quando as discussões geográficas exploram o tema dos papéis urbanos e das centralidades que as cidades exercem, alguns elementos possuem uma importância fundamental, como os ligados à circulação. Na atividade dos transportes, a movimentação de passageiros nos revela topologias de fluxos de pessoas que são próprios da formação urbano-regional. Face a isso, este trabalho objetiva discutir as interações espaciais em Chapecó, cidade média situada no Oeste de Santa Catarina, a partir dos transportes coletivos aéreo e rodoviário. Essas atividades são um produto dialético das funções e papéis desempenhados na rede urbana nacional. Com apoio de dados de órgãos públicos, a discussão problematiza a importância dos transportes na produção das cidades, expressão da mais ampla divisão territorial do trabalho e de uma economia sustentada em fluxos gradualmente mais acelerados. Conclui-se que os fluxos de pessoas são expressões da própria formação socioespacial, concretizam relações regionais e conjugam as transformações recentes do território brasileiro.