Introdução. O uso de metilfenidato em crianças e adolescentes tem crescido exponencialmente, tornando-se um fenômeno de interesse para a saúde pública, visto os possíveis efeitos colaterais da medicação. Objetivo. Identificar quais são os efeitos adversos apresentados por infantojuvenis decorrentes do uso de metilfenidato. Método. Revisão integrativa com levantamento bibliográfico nas fontes de informação CINAHL, PubMed, Web of Science e SCOPUS, de artigos publicados entre 2015 e 2021, para responder à questão norteadora: quais os efeitos adversos ao uso do metilfenidato na população infanto-juvenil? As buscas ocorreram entre julho de 2021 a janeiro de 2022, utilizando os descritores “Methylphenidate”, “Medicalization”, “Amphetamine”, “Central Nervous System Stimulants”, “Child” e “Adolescent”. Após os cruzamentos desses descritores, identificaram-se 5.105 artigos que, submetidos aos critérios de elegibilidade, resultaram em onze estudos. Resultados. Os estudos apontaram oito efeitos adversos: problemas relacionados ao sono; ansiedade; ejaculação espontânea; movimentos motores involuntários caracterizados como tiques; tricotilomania; diminuição do apetite; perda de peso e de estatura; alterações nos parâmetros bioquímicos do sangue; infarto agudo do miocárdio; ginecomastia bilateral e alopecia. Conclusão. Os efeitos adversos apresentados pela população infantojuvenil ao uso de metilfenidato evidenciam desordens fisiológicas variadas, em sua forma de apresentação e intensidade.