Na educação médica as competências oferecem uma linguagem universal compartilhada com o objetivo de definir o mínimo que se espera de um profissional de saúde para um trabalho adequado e satisfatório. Dessa forma, objetivou-se verificar e comparar os índices de publicação de artigos com elaboração de matriz de competências para a educação médica entre 2010 e 2021. Foi realizado um estudo documental bibliométrico, no qual a busca pelos trabalhos foi realizada nos bancos de dados Lilacs, Medline e repositórios digitais. O mapeamento considerou o perfil das produções, finalidade da pesquisa, área ou especialidade, se houve validação incluindo a técnica utilizada. Como resultados, obteve-se 35 artigos para análise completa, sendo a maioria publicada a partir de 2016 e na região nordeste do país, com as especialidades de medicina da família e comunidade e cardiologia com maior número de publicações. O processo de validação ocorreu predominantemente com o uso de juízes-especialistas (74%). A técnica seguindo o método de Delphi foi a mais utilizada (62%), seguida por oficinas (27,6%) e entrevistas (10,4%). A análise qualitativa do corpus textual das publicações resultou nos achados dos termos competências, medicina, matriz, residência e currículo como os mais utilizados. Desse modo, concluiu-se que a validação da matriz de competências na educação médica brasileira tornou-se uma prioridade que objetiva evitar a sobrecarga e fragmentação do ensino.