“…A noção de gêneros adotada nesta pesquisa conjuga as perspectivas sócio-histórica e dialógica (BAKHTIN, 2010(BAKHTIN, [1992); pragmática, sociocultural e sociocognitiva (MILLER, 1984(MILLER, , 1994BAZERMAN, 1988BAZERMAN, , 1997BAZERMAN, , 2014BAZERMAN, [2004; PRIOR, 2005); e sociointeracionista (BRONCKART, 1987(BRONCKART, , 2003(BRONCKART, [1996(BRONCKART, ], 2007(BRONCKART, [1999(BRONCKART, ], 2005(BRONCKART, , 2006, a fim de aplicar as contribuições dessa composição teórica ao gênero carta de leitor (MELO, 1999;COSTA, 2005;UEDA, 2006;ANDRADE, 2010;BEZERRA, 2010;NUNES, 2017NUNES, , 2018NUNES, , 2019ALMEIDA;CAVALCANTI, 2019). Além das premissas bakhtinianas, a serem, na sequência, apresentadas, antecipamos que nossa afiliação teórica vincula-se, igualmente, a uma concepção de gênero que se manifesta por meio de formas específicas de semiotização (BRONCKART, 2007(BRONCKART, [1999), emergentes de quadros de atividade social (MACHADO, 2005), funcionando, concomitantemente, como "construto social que regulariza a comunicação, a interação e as relações" (BAZERMAN, 1988, p. 62); fenômeno de reconhecimento psicossocial (BAZERMAN, 2014(BAZERMAN, [2004); forma cultural e cognitiva de ação social (MILLER, 1984); artefato cultural (MILLER, 1984(MILLER, , 1994); e, especialmente, mediadora de atividades sociais, por meio de artefatos mediadores PRIOR, 2005).…”