Desde a década de 80, o Brasil lidera a produção mundial de suco de laranja seguido, desde então, pelos Estados Unidos da América (EUA). Em torno de 90% da produção nacional de suco é exportada, enquanto a produção norte-americana é utilizada basicamente para consumo interno. O presente estudo teve como objetivo comparar a dinâmica de patenteamento das indústrias processadoras de suco de laranja brasileiras e norte-americanas. Para isso, foi feita uma busca por patentes utilizando a base de dados Derwent Innovations Index (DII), sendo analisados os depósitos de patentes referentes, exclusivamente, ao processamento de suco de laranja. No período de 1978 a 2012, foram encontrados 45 depósitos de patentes, sendo 43 depositados pelas processadoras norte-americanas e dois depositados pelas processadoras brasileiras. Constatou-se que a detenção de marcas próprias pelas processadoras norte-americanas levou, possivelmente, a maior necessidade de inovação em seus produtos finais em comparação com as processadoras nacionais, que produzem e exportam, principalmente, commodities adquirindo tecnologia externa em forma de maquinários e insumos.