“…Ao mesmo tempo, com a reorientação dos serviços de saúde para a atenção prioritária à pandemia, observou-se a restrição do acesso aos serviços de saúde sexual e reprodutiva, provocando a diminuição da dispensação de insumos contraceptivos, da cobertura do pré-natal e dos serviços de aborto legal, colocando os direitos reprodutivos e sexuais das mulheres e meninas em último plano. Este cenário aponta para gravidez não pretendidas, com maternidades oriundas deste contexto, assim como a realização de abortos inseguros (Pilecco et al,2021;Reis et al,2021) . No Brasil, em particular, vivencia-se um momento político de retrocesso nas agendas de direitos humanos e nos direitos sexuais e reprodutivos, em que Research, Society andDevelopment, v. 12, n. 1, e8312139404, 2023 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i1.39404 mulheres e meninas vítimas de violências sexuais sofrem inúmeras barreiras morais, estigmas e preconceitos e, em especial, institucionais, para acessar os serviços de aborto legal.…”