Registros de araneísmo no nordeste do Brasil são escassos e, possivelmente, subestimam a verdadeira situação de risco. Objetivo: analisar o perfil clínico-epidemiológico do araneísmo no período de 2005 a 2013 notificados no Centro de Assistência Toxicológica da Paraíba. Materiais e métodos: estudo descritivo com dados coletados no banco de dados do Centro de Assistência Toxicológica da Paraíba e em suas fichas de notificação dos acidentes. Resultados: Ocorreram 484 notificações de acidentes com aranhas, nos quais dos 202 casos com identificação de gênero, prevaleceu os acidentes com caranguejeira (57,9%) e Loxosceles (33,2%). Quanto à sazonalidade, os meses com maior número de ocorrências foram agosto, março, janeiro e junho, respectivamente. A maioria dos acidentes ocorreu em zona urbana; o sexo feminino e a faixa etária entre os 21 aos 30 anos foram os mais acometidos; e os membros superiores e os inferiores foram os locais mais atingidos. As principais manifestações clínicas foram dor, eritema, edema e prurido. Conclusão: Os resultados indicam que a prevalência do araneísmo pode apresentar relação com o urbanismo, não ocorreu predominância de casos graves.
DESCRITORES: Aranhas. Animais Peçonhentos. Epidemiologia descritiva. Estudos retrospectivos. Prevenção de Acidentes. Toxicologia.