O infarto agudo do miocárdio (IAM) é a principal causa de mortes no país, sua alta morbidade e mortalidade causa grande impacto social e econômico e, portanto, merecem atenção. Tem por objetivo traçar o perfil dos pacientes internados por IAM em um hospital da rede pública de saúde, considerando fatores de risco e características desse evento, além do tipo de tratamento realizado. Foram observados pacientes internados na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia (SCMG) sob hipótese diagnóstica principal de IAM no período de um ano (de 01/08/2016 a 31/07/2017). Foram analisados parâmetros como: gênero, idade, fatores de risco para IAM, descrição dos sintomas, dia e horário de ocorrência dos sintomas, tempo até a internação, confirmação do diagnóstico de IAM, entre outras. Foram estudados 64 pacientes, dos quais 62,50% eram homens e 21,88% tinham entre 50 e 59 anos. Quanto aos marcadores de risco, 67,39% eram tabagistas, 76,27%, hipertensos e, 38,10%, diabéticos. Em 42,86%, havia alguma dislipidemia, em 64,29%, história familiar positiva para IAM. Houve mais IAM na quinta-feira no período vespertino. O tempo de retardo médio de foi 3,04 dias. 69,57% dos IAM apresentavam supradesnivelamento do segmento ST. Além do tratamento clínico e medicamentoso, 51,56% foram submetidos a intervenção coronariana percutânea e 20,31% foram encaminhados à UTI. 10,94% dos pacientes foram a óbito. Os fatores de risco modificáveis respondem por 90% das causas de infarto, sendo de suma importância o seu controle para a redução das taxas de morbidade e mortalidade. O tempo de retardo entre o início dos sintomas e a internação, também precisam ser melhorados, indicando a necessidade de melhoria dos sistemas de diagnóstico, transporte e tratamento desses pacientes.