“…Um fato relevante é de que a literatura mostra que pacientes com maior risco periodontal são menos aderentes ao controle periodontal periódico, enquanto que o contrário também ocorre, já que os pacientes de baixo risco são até três vezes mais aderentes a terapia de suporte. Assim, é indicado sugerir controles mais frequentes a pacientes com maior perfil de risco para progressão da doença periodontal (Xie et al, 2018Sonnenschein et al, 2020 Analisando os resultados do presente estudo, pode-se observar que parece haver uma contradição entre o que foi visto nas tabelas 8 e 9, que atestam que não houve piora da condição periodontal avaliada longitudinalmente, e a tabela 4, que aponta que a maior parte (61%) dos pacientes se enquadravam nos estágios 3 e 4, após sua avaliação transversal. Tal fato pode ser devido aos critérios de avaliação Esse aspecto deixa evidente que há uma diferença existente entre uma avaliação sob a luz da nova classificação e outra avaliação feita com a média de parâmetros periodontais, como neste estudo e outros (Kassardjian et al, 2016 ;Windael et al, 2018;Garling et al, 2019), e podemos afirmar que é necessário ter cautela, sendo preferível individualizar a análise de cada caso ou até mesmo de cada dente para não obtermos conclusões equivocadas, já que é possível que um paciente apresente perda localizada em algum dente por fatores outros que não doença periodontal, como freio labial, impacção alimentar, restaurações proximais de contorno deficiente, entre outros aspectos.…”