Administração De Medicamentos – Carga De Trabalho Da Equipe De Enfermagem Em Unidade De Internação Clínica

Abstract

RESUMO:Objetivos: verificar a quantidade e tipo de medicamentos prescritos e administrados por técnicos de enfermagem em unidade de internação e discutir suas implicações na carga de trabalho da enfermagem e na segurança dos pacientes. Método: estudo transversal exploratório realizado em três unidades de internação clínica de um hospital universitário do sul do país, entre dezembro de 2014 e março de 2015. A amostra foi de 162 escalas de trabalho de pacientes atribuídos aos profissionais de enfermagem. Os dados foram coletados com instrumento específico e analisados por meio de estatística descritiva. Resultados: o número médio de doses prescritas por turno/técnico foi de 60,45 (dp = 20,26) e administradas foi de 34,50 (dp = 15,64). Identificouse 16 diferentes tipos de vias para administração dos fármacos. Conclusão: o número e tipo de medicamentos prescritos e administrados geram implicações na carga de trabalho da equipe e contribuem para risco de erros. DESCRITORES: Sistemas de medicação no hospital; Carga de trabalho; Segurança do paciente; Enfermagem. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS -CARGA DE TRABALHO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE INTERNAÇÃO CLÍNICA MEDICATION ADMINISTRATION -NURSING WORKLOAD IN CLINICAL INPATIENT UNITSABSTRACT: Objectives: To verify the number and types of drugs prescribed and administered by nursing technicians in inpatient units and discuss its implications for nursing workload and patient safety. Method: exploratory cross-sectional study carried out in three inpatient units of a university hospital in southern Brazil from December 2014 to March 2015. The sample consisted of 162 work schedules of nurses that provided direct care to patients in the referred units. Data was collected with a tool designed for this purpose and analyzed with descriptive statistics. Results: the average number of doses prescribed per shift/technician was 60.45 (sd = 20.26) and administered was 34.50 (sd = 15.64). Sixteen different types of routes for administering the drugs were identified. Conclusion: The number and types of drugs prescribed and administered impact nursing workload and increase the risk of errors.

Experience of the nursing team concerning the care of patients with meningitis attended in emergency department

“…This finding converges with the one found in a study made in the South of Brazil whose results show that the administration of medication is continuous in the nursing routine and that the number of hours directed to this activity impacts the workload of these professionals. [19] In this context, it is observed that the administration of medication is an attribution of the nursing team and that, in cases of meningitis in the emergency sector, it is relevant, because the intravenous pharmacological therapy has as purpose, not only to ease the symptoms or to bring more comfort to the patient, but also to indicate the pharmacological dose to attack the pathogen causing the inflammatory process of the meninges. Therefore, the administration of medication's presence in patients with meningitis, in the nursing team's experience, points out to the pertinence of scientific evidence concerning this procedure, in the emergency department and its impact on the nursing workload.…”

Eventos adversos relacionados a administração de medicamentos em um hospital do Vale do Taquari

“…Investir em recursos humanos para garantir que o processo de medicação seja seguro é primordial, ao considerar as diversas atividades que são desempenhadas pelos profissionais da enfermagem no turno de trabalho e a complexidade da interpretação, transcrição, preparo e administração de todas as medicações, percebe-se o quanto a sobrecarga de trabalho interfere no processo seguro da medicação contribuindo para o erro. 9 O erro de medicação pode prolongar a permanência No que se refere ao erro de medicação, a maioria dos profissionais (79,3%) admitiram já ter cometido algum erro no processo. No questionamento sobre o que o profissional considerava ser o maior motivo que leva ao erro, a maioria das respostas (30%) indicaram que a sobrecarga de trabalho era o motivo principal, seguido da falta de atenção na leitura e interpretação da prescrição médica (24,8%) (Tabela 2).…”

“…Doses e medicamentos administrados erroneamente foram os Eventos Adversos mais citados pelos profissionais e todos eles já identificaram algum erro no processo de medicação; estes EA afetam a SP e definem o nível de qualidade da assistência, portanto intervenções que garantam a segurança na prescrição uso e administração de medicamentos se fazem necessárias. 2,9 Em estudo que avaliou os erros de diluição de medicamentos em um hospital do interior do estado de São Paulo, constatou que, durante determinado período de tempo, os técnicos de enfermagem do setor da unidade de terapia intensiva (UTI), que realizavam o preparo e a administração dos medicamentos de uso em via intravenosa, cometeram 69,5% das vezes ao menos um erro de diluição, entre as 180 doses de medicamentos diluídos, de outra amostra analisada, 90 doses diluídas apresentaram 72% das vezes, mais de um erro cometido por dose preparada. 10 Outra situação de erros no preparo foram registrados em estudo realizado em hospital público estadual no município de Picos no estado do Piauí, onde os erros no preparo e administração de medicamentos foram observados em diversas variáveis como: diluição errada do medicamento, dose imprópria, não identificação do medicamento utilizado, entre outras, e de uma amostra de 309 erros citados na pesquisa, 72,8% dos erros são advindos da equipe de enfermagem.…”

“…O hospital em questão disponibiliza de instrumentos para a gestão de risco, como o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), e disponibiliza documentos para o registro de EA observados ou vivenciados a serem preenchidos confidencialmente pelos profissionais; no entanto, observou-se nos resultados o baixo índice de registros obtidos, fato que dificulta o reconhecimento dos EA sucedidos e possíveis intervenções. 9 Os EA têm múltiplas causas e podem advir de diferentes etapas do processo de medicação, apesar do profissional de enfermagem constituir a última barreira para evitar o erro na administração do medicamento deve-se considerar que ele nem sempre é o único a falhar quando ocorre um EA, pois todas as etapas do processo de medicação servem como barreiras coadjuvantes para garantir a segurança do paciente. 4 Falhas nos processos da dispensação dos medicamentos pelo serviço de farmácia, leitura e interpretação correta da prescrição médica e conferência dos medicamentos armazenados na gaveta do paciente antes do preparo, tiveram destaque na pesquisa e podem constituir de uma considerável porcentagem colaborativa aos EA ocorridos na instituição.…”

Cuidados De Enfermagem À Gestante Com Síndrome Hipertensiva Na Gestação Na Atenção Básica De Saúde: Uma Revisão De Literatura

“…Entende-se que o número de doses administradas de medicamentos e o número de pacientes sob os cuidados dos profissionais de enfermagem são componentes importantes para avaliar os erros de medicação, visto que foram significativamente associados ao aumento do número de pacientes atribuídos às enfermeiras e foi evidenciado que a maior frequência desses erros nos hospitais ocorre em unidades de internação, dentre os fatores causais de erros, encontram-se o aumento do número de medicamentos administrados, tanto daqueles que são prescritos como dos que são prescritos se necessário, e a diversidade de dosagens e formas de apresentação dos fármacos, principalmente quando estes são administrados conjuntamente. O número, horário, tipo e vias de administração de medicamentos, juntamente com o número de pacientes sob os cuidados dos profissionais de enfermagem nos diferentes turnos de trabalho, são fatores importantes a serem considerados na carga de trabalho da equipe de enfermagem e podem ter implicações na segurança dos pacientes por representar maior risco na ocorrência de erros (KRELING;MAGALHÃES, 2017;FORTE;MACHADO;PIRES, 2016).…”