“…Com efeito, esse projeto parece cunhado de modo ao mesmo tempo pretensioso e redutor, pois procura abranger todas as dimensões de realização da liberdade e, simultaneamente, acomodá-las a um programa teórico preliminarmente limitado a três esferas de cooperação reflexiva. Essa pretensão tem sido atacada por deixar de abranger outras esferas de ação incapazes de ser recobertas pela tríade "relações pessoais", "mercado" e "formação democrática da vontade" -como, por exemplo, a "dimensão estética" ou a "esfera pública global" (Schaub, 2018;Jansen, 2013) -e negligenciar formas de funcionamento das esferas consideradas que não poderiam ser esgotadas pela moldura conceitual oferecida -nesse sentido, Timo Jütten e Bert van den Brink, entre outros, objetam convincentemente que o mercado e as relações pessoais não podem ser inteiramente caracterizadas como formas de cooperação reflexiva (Jütten, 2015;Brink, 2013).…”