Objetivo: avaliar o estado nutricional pré-gestacional, o ganho de peso durante a gestação, e investigar fatores associados ao ganho de peso excessivo (GPE) entre mulheres. Método: estudo com dados secundários de 747 puérperas da pesquisa “Nascer em Belo Horizonte”. Calculou-se prevalência, razão de prevalência e intervalos de 95% de confiança. Utilizou-se teste qui-quadrado de Pearson para avaliar diferenças das prevalências. Resultados: de acordo com os dados, 31% tinham excesso de peso pré-gestacional e 21% apresentaram GPE na gestação. Mulheres com baixa escolaridade (26,9%), multíparas (32,0%), que consumiam álcool (29,5%), com pré-natal no serviço público (25,4%), poucas consultas (26,5%), e gestação de risco (33,9%) apresentaram maior GPE. Tiveram maior chance de GPE mulheres com baixa escolaridade, pré-natal em serviço público e gestação de risco. Cesariana (52,6%) e macrossomia (6,6%) foram mais prevalentes entre aquelas com GPE. Conclusão: observou-se excesso de peso pré-gestacional, ganho ponderal excessivo na gravidez, principalmente em gestantes com maior vulnerabilidade social, resultando em desfechos reprodutivos desfavoráveis.