“…Ao investigar alunos da Universidade de Aveiro (Portugal), Rodrigues, Salvador, Lourenço e Santos (2014) encontraram que 42,0% deles relataram ter praticado binge drinking, salientando que nesse estudo os pesquisadores definiram este comportamento como beber até cinco doses por episódio para homens e quatro para mulheres. Resultados semelhantes são encontrados entre universitários brasileiros (FERRAZ; REBELATTO; SCHNEIDER; ANZOLIN, 2017;PARENTE et al, 2017). Entretanto, estudos em outros países se atentam ao fato de os jovens não perceberem seu padrão de uso de álcool como excessivo, extremo ou binge, o que para alguns autores pode significar uma nova cultura de intoxicação, muito mais centrada da gratificação pessoal, na diversão e no sentimento de pertencimento e socialização, trazendo uma forma de uso com caráter hedônico, como possível consequência dos anseios provocados pela sociedade atual de consumo (ANDER; ABRAHAMSSON;BERGNEHR, 2017;EGGINTON;WILLIAMS;PARKER, 2002;BRAIN, 2005;ØSTERGAARD, 2011) O tabaco, a segunda droga mais usada pelos participantes deste estudo, foi reportado por 42,7% deles, sendo que entre os portugueses alcançou 49,0% dos estudantes, contra 33,0% de brasileiros, diferença esta significante (χ2 = 5,958, p = 0,015).…”