2006
DOI: 10.11606/issn.2237-1184.v0i9p30-43
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Além da Literatura

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“…Afinal, como definimos as especificidades de cada discurso e consolidamos qual No ocidente, atuando enquanto uma instituição, o que se considera literatura transforma-se na lei de dizer tudo-tudo dizer, com o risco de que se afirme: tudo já está sendo dito; logo, as bordas da sua própria institucionalidade estão sendo extrapoladas, de modo que uma noção de literatura se liga imediatamente ao "advento de uma ideia moderna de democracia" (DERRIDA, 2014, p. 51). Sendo que a estranheza dessa instituição fictícia, proclamadora de uma democracia por vir, está em seu próprio jogo: um espaço libertário, de proteção "de toda censura, seja religiosa ou política" (DERRIDA, 2014, p. 54); mas que, ao mesmo tempo, de modo ambíguo, o seu "poder revolucionário pode tornar-se muito conservador" (DERRI-DA, 2014, p. 23), reproduzindo estereótipos, obrigando o outro a dizer o que deseja e até mesmo reivindicando uma defesa diante de atos justos e injustos (NATALI, 2006). Tendo em vista o mapeamento inicialmente apontado, especulamos: será que a todos é dado esse espaço de dizer-tudo-tudo-dizer?…”
Section: Parte Iunclassified
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“…Afinal, como definimos as especificidades de cada discurso e consolidamos qual No ocidente, atuando enquanto uma instituição, o que se considera literatura transforma-se na lei de dizer tudo-tudo dizer, com o risco de que se afirme: tudo já está sendo dito; logo, as bordas da sua própria institucionalidade estão sendo extrapoladas, de modo que uma noção de literatura se liga imediatamente ao "advento de uma ideia moderna de democracia" (DERRIDA, 2014, p. 51). Sendo que a estranheza dessa instituição fictícia, proclamadora de uma democracia por vir, está em seu próprio jogo: um espaço libertário, de proteção "de toda censura, seja religiosa ou política" (DERRIDA, 2014, p. 54); mas que, ao mesmo tempo, de modo ambíguo, o seu "poder revolucionário pode tornar-se muito conservador" (DERRI-DA, 2014, p. 23), reproduzindo estereótipos, obrigando o outro a dizer o que deseja e até mesmo reivindicando uma defesa diante de atos justos e injustos (NATALI, 2006). Tendo em vista o mapeamento inicialmente apontado, especulamos: será que a todos é dado esse espaço de dizer-tudo-tudo-dizer?…”
Section: Parte Iunclassified
“…Em outras palavras, o fluxo entre as ideias de Derrida (1971de Derrida ( , 2014de Derrida ( , 2019, Lorde (2019), Dalcastgnè (2012, 2018, Borges (2019), hooks (2019), Natali (2006), Nascimento (2019aNascimento ( , 2019b e Patrocínio (2001) parece seguir na direção de que os movimentos para a construção de uma crítica feminista, interseccional e decolonial precisam, além de disputar o campo literário, atentar para a armadilha de utilizar os velhos parâmetros como base quando se deseja construir olhares outros para os objetos.…”
Section: Parte IIIunclassified
“…Este desafío mayor de abrirse a prácticas discursivas no alfabéticas es asumido por Churata, que parte de las fiestas, la danza, el canto y el tejido para construir su obra. En última instancia, este gesto constituye un cuestionamiento de la compresión occidental de la propia literatura y su validez universal (NATALI, 2006). Mientras la filología humanística del Inca Garcilaso privilegia una definición alfabética del conocimiento, al cual traduce las formas culturales del mundo inca, Churata, como Guaman Poma, asume diversos medios expresivos andinos y cuestiona, estructuralmente en El pez de oro, y discursivamente en Resurrección de los muertos, el supuesto privilegio del "hombre-letra".…”
Section: La Lenguaunclassified
“…51-80). Para M. P. Natali (2006), por exemplo, existe um preço a ser pago pela tentativa de incluir formas particularistas de expressão em um sistema que se imagina comportar a multiplicidade da experiência humana. O preço seria justamente abdicar da especificidade histórica e conceitual de práticas discursivas que passam a ser denominadas literatura.…”
Section: A Literatura Sob O Domínio Da Opinião Pública E a Tênue Sepaunclassified