Como muitas intelectuais e militantes negras brasileiras, Thereza Santos ainda é pouco conhecida no país. A despeito do muito que realizou na arte, na academia, no partido, na vida ou nos processos revolucionários, ela e tantas outras permanecem ausentes das publicações historiográficas, das salas de aulas e até dos atuais espaços de militância política. Ora, ela enfrentou ditaduras e autoritarismos em nome da liberdade. Guerreira, desde seu engajamento no Partido Comunista até o seu envolvimento com as lutas de libertação em África, passando pelos espaços de cultura popular e pelo movimento de mulheres negras, Thereza Santos foi se tornando a Malunga, isto é, nossa irmã e companheira, que jamais deixou de lutar.