ResumoO trabalho busca discutir de que forma o aplicativo Instagram funciona como artifício de construção de subjetividade em sites de redes sociais. Sob a perspectiva da noção de ethos e dos estudos sobre consumo e processos identitários em laços sociais, percebe-se que, embora os dispositivos tecnológicos possibilitem a criação de novas práticas de sociabilidade, é possível identificar alguns referenciais culturais que são reforçados pelo seu uso e publicização. Sendo assim, este artigo visa ao entendimento de como este aplicativo ajuda a subsidiar as relações sociais no Facebook, disponibilizando as ferramentas para o gerenciamento de impressões e para a construção do self no ambiente digital. Palavras-chave:Instagram; Facebook; subjetividade; ethos; consumo. AbstractThe paper discusses how Instagram works like artifice construction of subjectivity in social networking sites. From the perspective of the concept of ethos and studies about consumption and identity processes in social ties, it is clear that while technological devices enable the creation of new practices of sociability, it is possible to identify some cultural references that are reinforced by its use and publicity. Therefore, this article seeks to understand how this app helps subsidize social relationships on Facebook, providing the tools for managing impressions and the construction of the self in the digital environment.
Resumo Reconhecendo a importância das discussões a respeito dos algoritmos em mecanismos de busca e seus vieses possivelmente discriminatórios e racistas, este trabalho analisa três bancos de imagens digitais e seus resultados para as palavras-chave “family”, “black family” e “white family”. Com base no conceito de “hiper-ritualização” de gênero de Erving Goffman (1979), estuda-se aqui se a perspectiva imagética de família (mulher, homem, filho e filha) se aplica para o contexto negro ou, ao contrário, corrobora para a “solidão da mulher negra”. Analisando comparativamente mais de 2.500 imagens, percebeu-se que as mulheres negras são mais representadas sozinhas com seus filhos do que as mulheres brancas; a palavra-chave “family” resulta em maioria expressiva de famílias brancas; e a pesquisa por “white family” apresenta mais resultados “infiltrados” de famílias negras como indício de racialização da pesquisa para o algoritmo de busca, que considera a branquitude como normativa e neutralidade.
Este artigo questiona os processos de algoritmização do racismo e sexismo em bancos de imagem digitais. Dispositivos essenciais para a manutenção da engrenagem midiática e comunicacional, estes bancos ajudam a guiar os sentidos sobre ser mulher e ser negro por meio de modos sutis de construção de subjetivação. Foram analisadas as palavras-chaveaggressiveness, kindness, beauty e ugliness, nos bancos de imagem Getty Images e Shutterstock, abrangendo as dimensões estética e afetiva dos vieses discriminatórios impregnados nestes mecanismos. Entende-se que os resultados evidenciam a opacidade tecnológica que permeia o campo produtivo destes aparatos e a algoritmização das desigualdades de gênero e raça constituídas no seio social.
Considerando a representação midiática de corpos e sujeitos diversos, este trabalho busca debruçar-se sobre o conceito de diversitywashing, entendendo que muitas estratégias de marca camuflam práticas inconsistentes, sobretudo em relação às rotinas produtivas da publicidade e aos rastros de estereótipos imagéticos e textuais, que revelam uma contradição daquilo que expõem discursivamente. Assim, propõe-se aqui contribuir sobre as demandas contemporâneas acerca da relação entre mídia e diversidade, avançando na noção conceitual de diversitywashing a partir da categorização de seis traços comuns desta prática à luz de pressupostos teóricos sobre performatização de si, gerenciamento de impressões e coerência expressiva.
Ao reconhecer a relevância do conceito de interseccionalidade como ferramenta metodológica no domínio do Direito, este artigo propõe articular e aprofundar sua valência nos estudos em Comunicação. O método interseccional em Comunicação carece de aparatos conceituais próprios, em diálogo com suas origens, para que não reduza sua capacidade analítica a estudos descritivos dos sujeitos, materialidades e suas estruturas. Intenta-se, aqui, portanto, construir um quadro metodológico, denominado “roleta interseccional”, admitindo que a observância das matrizes de opressão que atravessam os corpos e os sujeitos é fundamental para a compreensão dos efeitos comunicacionais por eles engendrados.
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