“…Neste sentido, a noção de patrimônio, relativa à cultura material, isto é, artesanato, arquitetura, gastronomia, cerimônias, vestuário etc., é paralela a de "cânone" nas esferas literária e intelectual. Ambas implicam uma construção histórica de elementos duradouros, considerados como metonímias de categorias de identidade reificadas (Brubaker & Cooper, 2000), sentido que se torna incontestável para uma sociedade (Sela-Sheffy, 2002). Ao mesmo tempo, sendo "um produto de seleção" (Logan, 2007), essa noção unificada de cultura esconde, obviamente, a diversidade e as lutas que as produziram, sem as quais não existe qualquer cultura.…”