Alterações citológicas cervicovaginais no Alto Uruguai Gaúcho, Rio Grande do Sul

Abstract

ObjetivoAvaliar a frequência de alterações cervicovaginais que acometem mulheres da região do Alto Uruguai.MétodosForam avaliados dados de exames citopatológicos obtidos a partir de um sistema de programa personalizado conhecido como Laudo & Imagem, propriedade de um laboratório de referência da cidade de Erechim, Rio Grande do Sul, no período de 2007 a 2011.ResultadosDos 62.280 casos avaliados, 2.049 (3,3%) apresentaram alguma alteração citológica; destes, 1.094 (53,4%) corresponderam à lesão escamosa de baixo grau, 179 (8,8%) à lesão escamosa de alto grau, 13 (0,7%) à carcinoma escamoso, 5 (0,2%) à adenocarcinoma e 758 (37%) a atipias de significado indeterminado, que, no seguimento, 360 (47,5%) corresponderam a lesões benignas, 225 (29,7%) a lesões malignas; destas, 220 casos (29,02%) de lesão escamosa intraepitelial de baixo grau,4 casos (0,53%) de lesão escamosa intraepitelial de alto grau e 1 (0,13%) de carcinoma escamoso. Não tiveram seguimento citopatológico 173 (22,8%) casosConclusãoO estudo verificou que os dados encontrados nessa Região assemelham-se aos encontrados nacionalmente, o que justifica a importância de incentivo ao rastreamento e à prevenção por meio dos programas de rastreamento do exame citológico para a detecção precoce do câncer de colo uterino.Termos de indexação: Neoplasia do colo do útero. Esfregaço vaginal. Lesões pré-cancerosas. Patologia.

Fatores de risco associados ao desenvolvimento de alterações cervicouterinas em mulheres que realizam exame citopatológico

“…Em um estudo realizado na cidade de Alto Uruguai Gaúcho-RS, houve uma frequência de 3,3% (IC95% = 3,1-3,4%) de casos positivos (atipias e lesões intraepiteliais), com predomínio de LSIL (53,39% -IC95% = 51,2-55,6%), não havendo variação destas anormalidades com relação à faixa etária entre 17 e 60 anos 19 . No presente estudo, a maior frequência de anormalidades ocorreu na faixa etária entre 14 e 30 anos, discordando com os dados de um estudo desenvolvido no Estado do Pará, que avaliando o perfil dos exames citopatológicos realizados por um laboratório público, verificou uma maior frequência de lesões e atipias na faixa etária de 30 a 49 anos, concluindo que o aumento da frequência nesta faixa de idade está relacionado tanto a uma vida sexual mais ativa, quanto à menor preocupação na busca de exames preventivos 20 .…”

Perfil epidemiológico do câncer do colo do útero no Estado do Piauí

“…Sendo assim, por representarem 0,23% dos exames, os laudos encontram-se dentro das especificações. A ocorrência de percentuais maiores sugere excesso de diagnósticos das alterações reativas, benignas, inflamatórias e reparativas (Backes, et al, 2014).…”