O presente estudo tem o objetivo de conhecer o perfil epidemiológico do câncer do colo do útero no Estado do Piauí para possibilitar a compreensão de alguns aspectos relacionados a essa patologia que possui alto potencial preventivo. Trata-se de um estudo com apreciação documental, epidemiológico, retrospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa dos dados, obtidos no Sistema de Informação do Câncer (SISCAN), referente ao ano de 2019. Foram analisadas as seguintes variáveis: total de exames, faixa etária, escolaridade, período preventivo, motivação para o exame e realização da citologia anterior. O levantamento de informações mostrou que 77.841 exames foram realizados, a maior quantidade concentrou-se na faixa etária de 35 a 39 anos e 99,58% (77.514) tiveram como motivação o rastreamento. Neste estudo, 73,98% (57.586) das mulheres afirmam terem realizado um exame preventivo anteriormente, 15,81% (12.306) não realizaram o teste, 8,29% (6.453) não sabem e 1,92% (1.494) não apresentavam informação na ficha. Relacionado a escolaridade, o SISCAN não forneceu dados satisfatórios para análise. O rastreamento do CCU é uma ação complexa, o número de mulheres acometidas por essa patologia é considerado alto e significativo. É notória a necessidade de conhecimento sobre o tema em questão para o fortalecimento e redirecionamento das políticas públicas de controle do CCU.
<p>Cervical cancer is one of the most common malignant diseases of women, which begins with precursor lesions that can progress to become invasive cancers. However, its development can be prevented by cytology screening and appropriate treatment. This study aimed to verify the frequency of the cellular alterations of the female genital tract in women assisted by a clinical laboratory of Teresina – Piaui, Brazil, in 2016. The data were collected from the cervical cytology reports of 2016. 9040 reports were analyzed, among which 8,095 (89.55%) had negative oncology and 945 (10.45%) were positive. It was identified 1.97% of squamous cells of indeterminate significance, with 5.84%, low-grade intraepithelial lesions (LSIL), 1.33% of high-grade intraepithelial lesions, 1.25% of glandular cell atypia (ACG) and 0.06% of invasive squamous cell carcinoma. Regarding the level of schooling, women who did not complete elementary school corresponded to the higher percentage to attend to cytopathological exams. It is concluded that the incidence of atypia was considerably higher than described in the literature. Thus, it is recommended the adoption of strategies of health promotion designed to improve the cytopathological care.</p>
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