O sentimento do amor é a variável mais importante da vida afetiva entre duas pessoas. Uma boa relação entre um casal deve centrar em adminículos de sobrevivência afetiva, como respeito, confiança, desejos, gostos, humor, dentre outros. Partindo dessa perspectiva, cada pessoa possui maneiras diferentes de vivenciar e sentir o amor em um relacionamento, seja saudável ou patológico. Com base nisso, este estudo conceitua o amor patológico como a dependência da pessoa amada acompanhada de sentimentos de baixa autoestima e obsessão. Entende-se, também, que o amor saudável é uma emoção sadia. Este estudo delimita-se a uma perspectiva neurobiológica e apresenta sua problematização engendrada na vivência humana em suas relações amorosas, tendo como objetivo descrever os desdobramentos neurobiológicos positivos ou não do amor em circunstâncias saudáveis e patológicas. De forma crível, esta pesquisa faz compilação teórica do atual cenário científico do amor por meio de estudos e literatura pertinente. Menciona-se ainda que, metodologicamente, este estudo teórico e teórico-reflexivo se torna pertinente a partir da conscientização da necessidade de avanços na discussão sobre a temática abordada sob a perspectiva neurobiológica. Conclui-se que tanto o amor saudável quanto o amor patológico possuem desdobramentos neurobiológicos positivos e negativos, perpassando por aspectos fisiológicos, comportamentais e psíquicos decorrentes da obsessão, do controle, da abstinência e da tolerância. No entanto, entende-se, aqui, que o amor não deve ser transformado em algo puramente racional ou em um fenômeno absolutamente biológico, mas, sim, desvendado em suas diversas dimensões biopsicossociais.