Neste estudo foram analisadas as formações vegetais em Angola levando em consideração dois níveis de classificação, o de fitofisionomia (N1) e o de uso e cobertura da terra (N2). Além disso, foi analisado através de parâmetros estatísticos zonais o comportamento da distribuição espacial e temporal da fenologia da vegetação por um período de 18 anos levando em consideração algumas características físicas como o relevo, índices de vegetação (EVI), evapotranspiração normalizada (ETn) e precipitação. As séries temporais foram processadas para se extrair as métricas fenológicas do início, fim e comprimento, taxas de rebrota e senescência da vegetação. Os resultados permitiram observar grande heterogeneidade na representação das métricas fenológicas, pela qual, foi possível caracterizar os diferentes tipos de vegetações. As áreas representadas por vegetação nativa como florestas, savanas e formações de estepes apresentaram maiores áreas se comparadas com as restantes classes como solo exposto, água e deserto no nível N1, e dunas arenosas, corpos d´água e agricultura no nível N2. As estações chuvosas, apresentaram influência tanto na ETn como na duração da estação do crescimento da vegetação, mas com uma alta variabilidade espaço-temporal. No entanto, as classes de vegetação nativa tanto em N1 como em N2 mostraram uma resposta do início do aumento do verdor mais rápido após o início das chuvas, quando comparadas por exemplo com outras classes de vegetação antropizadas. Portanto, a partir deste estudo é possível entender como se dá a distribuição espacial da vegetação em Angola e entender como diversos fatores ambientais contribuem para a sua explicação.Palavras-chave: Métricas fenológicas, Classificação, Séries temporais, Sazonalidade.Spatial-temporal analysis of the vegetation phenology, precipitation, and evapotranspiration in Angola based on orbital remote sensing images A B S T R A C TThis study analyzed different vegetation formations in Angola, considering two classification levels: phytophysiognomy (N1) and land use and cover (N2). In addition, the spatial and temporal vegetation phenology behavior was analyzed through zonal statistical parameters, taking into account some physical characteristics such as relief, precipitation, vegetation indices (EVI), and normalized evapotranspiration (ETn). The time series were processed to extract the phenological metrics of the vegetation's beginning, end, length, regrowth, and senescence. The results allowed us to observe significant heterogeneity in the representation of the phenological metric, by which it was possible to characterize the different vegetation formations in Angola. Areas represented by native vegetation such as forests, savannas, and steppe had larger areas than the other classes, such as exposed soil, water, desert at the N1 level, sandy dunes, water bodies, and agriculture at the N2 level. The rainy seasons influenced the duration of the ETn and vegetation growth but with high spatiotemporal variability. However, the native vegetation classes in both N1 and N2 showed a faster response of the greenness increase after the rains when compared, for example, with other anthropized vegetation classes. Therefore, it is possible to understand how the vegetation's spatial distribution occurs in Angola and to understand how several environmental factors contribute to its explanation.Keywords: Phenological metrics, Classification, Time series, Seasonality.