nesta faixa etária do desenvolvimento infantil, a convivência de crianças com SD em ambientes inclusivos é muito produtiva para o seu processo de desenvolvimento geral. (Anhão, 2009, p. 75). Em sua pesquisa, Leodoro (2008) teve como objetivo analisar o material de formação do Programa educação inclusiva: direito à diversidade, a partir de 2003, realizado em âmbito nacional pela Secretaria de Educação Especial do Ministério daEducação. Utilizando-se da técnica da análise do discurso, propôs verificar quais seriam as contribuições do material pesquisado para a formação docente e a educação inclusiva. Constatou que o programa, ao proporcionar subsídios teóricos e materiais de formação, contribuiu para o crescimento das matrículas de alunos com necessidades educacionais especiais em classes e escolas comuns do ensino regular. Entretanto, após analisar os benefícios do programa, faz uma ressalva final, afirmando que apenas o material não basta para tornar um profissional, escola ou município inclusivista, uma vez que a inclusão escolar deve ser compreendida como um processo interminável, que não pode se realizar somente a partir de decretos, leis e declarações: Evidentemente, a realização de um programa não basta para tornar um profissional, escola ou município inclusivista; a inclusão escolar deve ser compreendida, de acordo com Carvalho (2005), como um processo interminável, que não se realiza por decreto ou modismo (...) (Leodoro, 2008, p. 105). A pesquisadora não menciona em nenhum momento indicadores de sucesso ou fracasso na educação inclusiva, pois este não era o seu objetivo de pesquisa. Mas é possível entender, a partir de suas reflexões, que para um ambiente escolar trabalhar com a inclusão, é necessário muito mais do que manuais que ensinem o método de como se trabalhar a inclusão. Embora Leodoro (2008) fundamente a sua pesquisa em outro referencial teórico, apresenta uma leitura bastante importante desse movimento, aproximando-se do que é ressaltado por Kupfer e Petri (2000):É necessário muito mais do que uma reformulação de espaço físico, de conteúdo programático ou de ritmos de aprendizagem, ou uma maior preparação do professor.