Análise Espacial Dos Casos Humanos De Leishmaniose Visceral

Abstract

Introdução: A leishmaniose visceral é uma doença parasitária de distribuição mundial, que em razão da sua magnitude e espectro, é considerada um problema de saúde pública. Uma ferramenta atual que permite o seu estudo abrangente é o geoprocessamento em saúde, pois, permite elaborar cenários epidemiológicos da incidência/prevalência dos casos, e, assim, nortear ações e políticas públicas de saúde. Objetivo: Analisar geoespacialmente os casos humanos de leishmaniose visceral no estado de Sergipe, Brasil, de 2010-2015. Material e Métodos: Estudo ecológico, descritivo e retrospectivo, realizado a partir dos dados coletados dos casos humanos de leishmaniose visceral no estado de Sergipe, disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde, no período de 2010 a 2015. Utilizou-se o programa TerraView 4.2.2 para a análise por meio da estatística espacial com nível de significação de 95% e do estimador de densidade de kernel sobre os casos confirmados da doença. Resultados: Foram confirmados 382 casos de leishmaniose visceral no estado de Sergipe, no período de 2010 a 2015. A distribuição espacial dos casos demonstrou alta concentração no litoral do estado, com maior frequência e taxa de incidência no município de Aracaju. Houve a formação de clusters com autocorrelação espacial positiva entre os municípios, revelando achados epidemiológicos semelhantes. Conclusão: A análise espacial permitiu delinear o cenário epidemiológico dos casos humanos de leishmaniose visceral no estado de Sergipe, durante o período de 2010-2015. Esses achados podem ser úteis para uso na vigilância dos casos, atuação dos profissionais e gestores em saúde, bem como para nortear outras pesquisas.

Leishmaniose visceral: distribuição temporal e espacial em Fortaleza, Ceará, 2007-2017

“…Despite the reduction in incidence in 2012, as a possible consequence of the state's surveillance actions, some of Sergipe's municipalities continued to notify new cases, indicating that there were areas where the disease persists and is actively transmitted. 15 Expansion of leishmaniasis in Fortaleza may be directly related to the urbanization of both the disease and the vector, socio-environmental changes and migration of human and canine populations from endemic areas, introducing the parasite to new environments. 12,16 Almost 70% of VL cases were found to be males.…”

Epidemiological characterization and spatial distribution of visceral leishmaniasis cases in Três Lagoas - MS, Brazil in the period of 2007-2021

“…The datas showed a reduction of VL in the analyzed periods, especially in the incidence and mortality; however, the city of Três Lagoas is ranked as the third municipality with the highest VL transmission rate in the state of Mato Grosso do Sul, subsequently Campo Grande and Corumbá (SES -MS, 2020). In addition, the average incidence found in the period with the lowest number of cases (2017-2021) is considered high equaling those found in the north and northeast regions, where VL has the highest incidence (Araújo, 2017) It was observed that almost 60% of VL cases in the city occurred in male individuals, maintaining this percentage in all evaluated periods. Studies on the incidence of VL in other cities in the country also point to a greater susceptibility of men to the disease, with a percentage between 58 and 75% of cases (Rodrigues et al, 2020;Souza et al, 2018;Rocha et al, 2018;Lisboa et al, 2016;Araújo, 2016;Ortiz et al, 2015).…”

Análise espacial e epidemiológica da leishmaniose canina em animais mantidos em abrigos no leste e sertão do estado de Sergipe, Brasil

“…Os animais domiciliados das raças Fila brasileiro, Pinscher, Poodle e Rottweiler, presentes neste estudo, são mais relatadas por conta de serem mais comuns, uma vez que, de acordo com Almeida et al, (2010) não existem pesquisas comprobatórias quanto a predisposição racial (Edo et al, 2021). No entanto, um estudo realizado por Oliveira et al, (2021) , 1999;Góes e Jeraldo, 2013;Araújo, 2017;Oliveira et al, 2021).…”