Introdução: A voz ocupa um papel muito importante na vida das pessoas desde a infância e somente com uma boa saúde vocal pode ser estabelecida uma comunicação eficaz. Objetivo: Analisar a qualidade vocal de crianças com idades entre 7 e 8 anos, identificando a prevalência de algum aspecto vocal e verificando a percepção dos pais em relação à voz de seu filho. Material e métodos: Estudo transversal, realizado com escolares e seus respectivos pais, onde os dados foram coletados por meio da gravação da voz e analisados através da Escala RASATI. A percepção dos pais com relação à voz de seu filho foi avaliada através de um questionário. Resultados e discussão: A soprosidade foi a qualidade vocal mais encontrada nas crianças (76,47%), seguida de aspereza (41,17%), rouquidão (35,29%) e tensão (17,64%). Referente ao questionário, 44% dos pais relataram alteração vocal quando seu filho fica nervoso, 52% quando grita muito e 56% quando volta da escola, festas ou jogos. Dos bons hábitos vocais, 92% referiram beber água, 88% dormir bem e 84% descansar. E dos hábitos vocais ruins, 76% dos pais consideraram falar muito em lugares barulhentos, 60% respirar pela boca, 52% tossir e 44% gritar. Conclusão: Os pais percebem as alterações vocais que os filhos apresentam e procuram alternativas de melhora, porém não sabem identificar hábitos saudáveis ou prejudiciais à voz. Assim, nota-se a importância das orientações aos pais sobre os cuidados vocais das crianças. Palavras-chave: voz, qualidade da voz, distúrbios da voz, criança, comportamento infantil.