O objetivo deste estudo foi verificar as mudanças vocais e laríngeas ocasionadas pelo som basal em cinco indivíduos adultos do sexo feminino sem alterações vocais e laríngeas. Para isso, realizou-se gravação digital da emissão da vogal /a/ e do exame videolaringoestroboscópico. Em seguida, os sujeitos realizaram o som basal durante três séries de 15 repetições, com intervalo de 30 segundos entre cada série, e realizaram-se novamente o exame laríngeo e a gravação da vogal /a/ sustentada. Os dados laríngeos e vocais pré e pós-realização da técnica foram submetidos às análises acústica, perceptivo-auditiva e videolaringoestroboscópica. A análise acústica foi gerada pelo programa Multi Speech. Constatou-se, após o som basal: aumento da vibração da mucosa das pregas vocais; alteração ou manutenção do tipo de voz e do pitch; diminuição ou manutenção das medidas relacionadas ao jitter e shimmer e do índice que sugere ruído glótico; diminuição do índice de fonação suave; manutenção ou alteração da qualidade vocal e do foco ressonantal, com predomínio laringofaríngeo; diminuição da frequência fundamental; e aumento da variação da frequência e da amplitude. Concluiu-se que, nesta sequência de casos, o som basal promoveu efeito positivo sobre a vibração da mucosa das pregas vocais e sobre o ruído da voz, e efeito negativo sobre a ressonância e a estabilidade da voz.
, Leila susana Finger (4) REsuMO Objetivo: verificar o resultado da relação s/z e do tipo de voz em pacientes com diagnóstico de disfonias orgânico-funcionais (DOF) e disfonias funcionais por uso incorreto da voz (DFUIV), bem como a ocorrência das diferentes patologias dentro das DOF. Métodos: 70 indivíduos, de ambos os sexos, entre cinco e 65 anos de idade, atendidos numa clínica-escola, cadastrados em Banco de Dados, entre 1998 e 2006, com DOF e DFUIV, ambos classificados em três subgrupos: casos em que a relação s/z indicava hipercontração, normalidade, e falta de coaptação das pregas vocais durante a fonação. Os tipos de voz foram classificados conforme a ocorrência em: sem alteração; ruidosa; ruidosa, comprimida e/ou apresentando alteração de f 0 h; ruidosa e/ou apresentando alteração de f 0 h; e comprimida. Resultados: ocorrência significativa de DOF e de DOF com nódulos vocais; nas DOF e DFUIV, ocorrência significante de relação s/z normal com tempos isolados de /s/ e /z/ abaixo do normal e voz ruidosa. Conclusões: O resultado da relação s/z foi estatisticamente significativo a favor da faixa de normalidade estabelecida, tanto nos pacientes com diagnóstico de DOF, quanto naqueles com DFUIV, sendo que, em ambos os grupos de pacientes, a voz ruidosa foi a mais freqüente. Dentro das DOF, os nódulos vocais foram significativamente mais freqüentes do que as demais patologias. A avaliação perceptivo-auditiva da voz é uma forma subjetiva de identificar alterações na qualidade vocal, baseando-se no conhecimento prévio do examinador e na sua capacidade de discriminar as diferentes características da voz normal e patoló-gica 8 . Um dos aspectos vocais perceptivo-auditivo comumente avaliado da qualidade vocal é o tipo de voz, que é diretamente relacionado à seleção dos ajustes motores empregados, tanto em nível de prega vocal quanto em nível de ressonância, permitindo verificar dados sobre a qualidade vocal, o pitch e a loudness 9,10 . Outro método clássico e habitual utilizado no auxílio do diagnóstico das disfonias é a medida do Tempo Máximo de Fonação (TMF), que utiliza, dentre outros, os fonemas fricativos /s/ e /z/ 9,11 . Tais TMF são obtidos e cronometrados durante a fonação sustentada em uma única expiração e fornecem dados sobre a dinâmica de fonação, sendo bastante fidedignos em avaliação de eficiência glótica 9,12 . Segundo a literatura 12,13 , a relação s/z permite verificar a ocorrência do componente de hipercontração muscular e do componente de falta de coaptação das pregas vocais em pacientes com diagnóstico de disfonia funcional por uso incorreto da DEsCRITOREs InTRODuçãOAs perturbações do fluxo expiratório podem ser conseqüências do uso inadequado da musculatura respiratória, que ocasiona um conflito entre a pressão subglótica e a resistência glótica. A alteração da vibração das pregas vocais pode ser produzida pela presença de lesões estruturais, pela existência de hipertonia da musculatura laríngea ou pela deficiên-cia da coaptação glótica 1,2 . Em estudos realizados observou-se em população de pac...
OBJETIVO: conhecer os efeitos da técnica de fonação reversa, realizando análise da sua eficácia sobre vozes femininas normais, por meio da espectrografia acústica de banda larga e de banda estreita. MÉTODOS: 32 mulheres adultas jovens, que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido da pesquisa, submeteram-se à avaliação otorrinolaringológica e triagem fonoaudiológica a fim de eliminar possíveis alterações que pudessem interferir nos resultados da pesquisa. Tiveram amostras vocais coletadas antes e após realizar três séries de 15 repetições de fonação reversa em tempo máximo de fonação com tom e intensidade habituais, com 30 segundos de repouso passivo entre cada série. Utilizou-se o software Real Time Spectrogram (Kay Elemetrics Corp.) para gerar espectrogramas de banda larga e de banda estreita. Os dados obtidos foram analisados por meio de porcentagem simples e do teste do Qui-Quadrado, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: houve tendência percentual ao aumento da definição de harmônicos, da regularidade do traçado, da intensidade e da definição dos Formantes 3 e 4, da intensidade das altas frequências e em todo o espectro; e aumento significante da definição do Formante 1. CONCLUSÃO: acredita-se que a técnica favoreça o alongamento e a vibração das pregas vocais com possível homogeneização e modificações ocorridas na mucosa, e conseqüente melhoria do sinal vocal, com maior regularidade de vibração e melhora de ressonância.
It is important to establish normal voice standards in order to help guide voice professionals. Aim: to describe acoustic voice measures of adult young women with normal larynxes and without voice complaints. Method: 56 women underwent ENT evaluation and speech screening. The "A" vowel utterance was digitally recorded and analyzed by means of the Praat (Version 4.6.10) software. The data was analyzed by means of descriptive statistics and by the Shapiro-Wilk test with a 5% significance level. The study was cross-section and exploratory. Results: normal distribution measures were: fundamental frequency; Jitter (local); Jitter (local, absolute); Jitter (ppq5); Jitter (ddp). The Jitter (rap), all the Shimmer, the noise/harmonic ratio (NHR) and the harmonic/noise ratio (HNR) values did not follow a normal distribution. Conclusion: It seems that the measures which followed the normal distribution can be used as base-normal values for the interpretation of acoustic voice analysis of those women with and without laryngeal disorders. All the values with and without normal distribution showed results similar to the ones present in the national and international literature.
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