O trabalho objetiva discutir a argumentação científica no Ensino de Química analisadas em artigos publicados nas revistas classificadas no webqualis da CAPES - quadriênio 2013 - 2016, de estrato A1: Ciência & Educação (1998-2019), Enseñanza de las Ciencias (1983-2019) e International Journal of Science Education (1979-2019). As produções científicas foram analisadas à luz da Análise de Conteúdo de Bardin (2011), evidenciando as categorias “Formação de Professores”; “Utilização da Argumentação para Finalidades Pedagógicas” e “Discussões Teóricas”. O corpus da pesquisa foi constituído por meio da seleção das palavras “argumentação”, “argumentação científica”, suas derivações e respectivas traduções nos idiomas inglês/espanhol. Os resultados apontam mecanismos argumentativos associados a diversas estratégias de ensino e de aprendizagem, advindos de diferentes nacionalidades, a partir de estudos de abordagem quantitativa e qualitativa, ambas apontando o potencial da argumentação científica como recurso que auxilia na discussão de temas sociocientíficos e desenvolvimento do conhecimento científico, além de ressaltar a importância da presença da argumentação científica na formação inicial. Confirmou-se que a argumentação científica é debatida a nível internacional e, ainda que majoritariamente utilizada para fins pedagógicos, o campo na Formação de Professores e as Discussões Teóricas referentes à argumentação científica têm sido ascendentes, o que abre caminhos para que novos entrelaçamentos ao ensino de Química sejam feitos e, com isso, compreender os percursos argumentativos dos estudantes e auxiliá-los na aprendizagem dos saberes químicos.