O presente trabalho apresentou uma análise experimental do efeito do grau de compactação do solo, do comprimento da ancoragem e da aplicação de sobrecarga na capacidade de carga de ancoragens em L assentadas em solo areno-argiloso a partir das curvas carga x deslocamentos obtidas nos ensaios de arrancamento estáticos. O carregamento inclinado, oriundo da configuração de estais de torres de transmissão, desenvolve resposta horizontal e vertical da ancoragem e a maioria dos artigos até então focaram no estudo de ancoragens assentadas em posição horizontal ou vertical, além de não verificarem a influência do comprimento da placa e seu efeito tridimensional. Foram realizados 13 testes experimentais de arrancamento com aumentos progressivos de peso até a ruptura do solo, anotando os respectivos deslocamentos em ancoragens em L com quatro comprimentos distintos: 20 cm, 15 cm, 10 cm e 5 cm. Analisando gráficos tensão versus comprimento da ancoragem, verificou-se que a capacidade de carga não apresentam um crescimento linear constante. Para ancoragens com comprimento pequeno, a tensão mobilizada cresce consideravelmente com a diminuição da área de contato, provavelmente desenvolvendo uma ruptura por punção no solo. A partir do comprimento igual a 10 cm, o comportamento começa a seguir o pressuposto por Terzaghi (1943), com crescimento linear da capacidade de carga. Esse trabalho, por fim, chegou a valores teóricos de fatores de forma Nc, Nq e Nγ, influenciados pela sobrecarga aplicada e o grau de compactação do solo.