Introdução: a deficiência de ferro representa um agravo à saúde, estando associada a prejuízos na capacidade produtiva dos indivíduos, no desenvolvimento cognitivo e na imunocompetência. Objetivo: verificar a prevalência de deficiência de ferro em adolescentes no período do estirão pubertário. Método: realizou-se estudo transversal, com dados clínicos, laboratoriais e socioeconômicos de adolescentes matriculados no Serviço de Hebiatria da Faculdade de Medicina do ABC, na cidade de Santo André, SP. Foram coletados dados de 255 prontuários que continham história clínica completa, incluindo exame físico, classificação do desenvolvimento puberal (Tanner), peso, estatura, inquérito alimentar recordatório e os seguintes exames laboratoriais: hemograma, ferro sérico, saturação transferrina e parasitológico de fezes. Resultados: Dos 255 prontuários estudados, 162 (63,5%) eram do grupo de jovens que estavam no estirão pubertário e 93 (36,5%) pertenciam ao grupo dos que estavam fora do estirão. A presença da deficiência de ferro foi maior entre os adolescentes mais jovens. Houve frequência de deficiência de ferro em 37 (14,5%), sendo 24 (16%) em adolescentes no estirão e 13 (11,5%) nos fora do estirão. Em relação ao sexo, constatou-se que dos 37 adolescentes que apresentaram deficiência de ferro, 24 (64,46%) pertenciam ao sexo masculino e 13 (35,14%) ao feminino. Conclusão: a deficiência de ferro ocorreu com maior frequência nos adolescentes do sexo masculino durante o estirão pubertário e naqueles que praticavam esportes.